Portos Casela |
Marco Antônio é um dos latrocidas. |
Detidos em Campo Largo, no último dia 5 de dezembro, sob a acusação de terem assaltado um estabelecimento na divisa dos bairros Ferraria e São Luís, na Avenida Mato Grosso, Marcos Antônio da Silva, 19 anos, Rodrigo Martins dos Santos, 21, Júnior César Cavazoni, 30, e um adolescente, de 15, podem se complicar mais ainda. O grupo foi reconhecido como autor de um latrocínio (roubo com morte) que aconteceu em 30 de novembro, em um bar e mercearia situado na Rua Bruno de Almeida, bairro Caximba, em Curitiba. Na ocasião, o comerciante Cleonilson Roberto Ocheliski, 24 anos, foi morto a tiros mesmo depois de entregar todo o dinheiro que estava no caixa de seu estabelecimento.
De acordo com a delegada Maritza Haisi, depois da exibição da fotografia dos detidos pela Tribuna, testemunhas do latrocínio ocorrido no Caximba se deslocaram até a delegacia de Campo Largo para efetuar o reconhecimento. "Seis pessoas identificaram o grupo como participante do assalto que resultou em morte", explicou a delegada. Segundo a policial, o auto de reconhecimento e as declarações das testemunhas serão enviados à Delegacia de Furtos e Roubos que investiga a morte.
Dos detidos, o único a ser ouvido pela delegada foi o adolescente, que não está na foto. No depoimento, ele confirmou que o grupo esteve no estabelecimento comercial no Caximba, mas alega não ter participado do assalto, ficando no carro. Disse ainda que os três (Marcos, Rodrigo e Júnior) entraram na mercearia e pouco tempo depois retornaram ao veículo. Marcos, inclusive, teria dito: "Foi um 157 nervoso".
O número 157 corresponde a um artigo do Código Penal Brasileiro que refere-se ao crime de roubo.
O grupo foi preso por PMs numa situação idêntica ao do latrocínio e com ele foram apreendidas duas armas: um revólver calibre 38 e uma pistola 380. As armas serão periciadas e haverá confronto para saber se o projétil que matou o comerciante foi disparado por uma delas.