Testemunhas e médica serão ouvidas

Mais um capítulo da novela em que se transformou a investigação e o processo para apurar a autoria do crime ocorrido no Morro do Boi, em Caiobá, deve acontecer hoje, a partir das 14h, na Vara de Precatórias Criminais.

Deverão ser ouvidas quatro testemunhas de defesa de Juarez Ferreira Pinto, 42, mais duas arroladas pelo Ministério Público e ainda a médica do Siate que deu o primeiro atendimento a Monik Pergorari Lima, 22, encontrada baleada no morro, em 1.º de fevereiro.

Para a defesa, o depoimento da médica Luciane Bittencourt Carias de Oliveira, 40, é fundamental. Quando ouvida na delegacia de Matinhos, ainda na fase do inquérito, ela contou que conversou com Monik durante o translado de ambulância até a sede do Corpo de Bombeiros, em Matinhos, e durante o transporte de helicóptero até o Hospital Regional de Paranaguá.

Detalhes

A jovem teria revelado detalhes do atentado que sofreu e que tirou a vida de seu namorado, Osíris Del Corso, 22, mas em nenhum momento se referiu a uma tentativa de assalto ou disse ter recebido voz de assalto.

De acordo com a médica, Monik disse que o homem que os atacou os manteve de costas a maior parte do tempo, sem permitir que eles o olhassem. Depois, ordenou que ambos tirassem as roupas e, nesta hora, Osíris reagiu e foi baleado. Monik, como campeã de vale-tudo, também reagiu e aplicou um golpe no agressor, derrubando-o, quando também foi baleada e ficou paraplégica.

Dias mais tarde, em seu depoimento à polícia, Monik afirmou que foi vítima de assalto e que o agressor roubou R$ 90,00 que estavam no bolso de sua bermuda. Diante disso, Juarez foi denunciado por crime de latrocínio (roubo com morte), que prevê a maior pena de prisão do Código Penal Brasileiro.

Também Sirlei Aparecida Dias, que trabalhava com Juarez e garante que no dia do crime (31 de janeiro, ele não se ausentou do emprego, no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná, será ouvida. Sirlei, inclusive, foi indiciada por falso testemunho, a pedido da promotora de Matinhos, que não acreditou em sua versão.

Investigações

Por outro lado, o Gaeco (grupo especial ligado ao Ministério Público para investigações) continua a apurar a possibilidade de o autor do crime não ser Juarez, e sim Paulo Unfried, preso em 24 de junho, após assaltos e estupros no Litoral.

Paulo, além de estar com a arma usada no crime (um revólver calibre 38), confessou o atentado e, segundo informações não confirmadas pela polícia (as diligências estão “blindadas” com o segredo de justiça) já teria sido reconhecido por outros casais assaltados no mesmo Morro do Boi.

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