Serão ouvidas hoje na Delegacia de Homicídios quatro testemunhas que convivem com a família do coronel Jorge Luiz Thais Martins, acusado de nove homicídios no bairro Boqueirão.

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Os depoentes aparecem em fotografias e vídeos apresentados pela defesa do ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná como álibis, para confirmar que ele não esteve nos locais dos crimes.

“As imagens não tem registro de data ou horário, mas acredito que a defesa as apresentou para que soubéssemos quem esteve com o coronel. São estas pessoas que vamos ouvir agora”, informou o delegado Cristiano Quintas, atual responsável pelo inquérito.

As ligações feitas pelo celular do coronel também não trouxeram provas a favor ou contra o acusado. “Elas poderiam indicar a localização dele, mas ele tinha como padrão desligar o celular às 22h e ligar apenas às 9h do dia seguinte, e os crimes sempre aconteciam no horário em que o celular dele estava desligado. Dessa maneira, não tem como dizer se ele estava em Curitiba ou fora da cidade na hora das mortes”, ressalta Cristiano.

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Outras quatro testemunhas arroladas pela defesa deverão ser ouvidas na próxima semana, bem como três policiais que atenderam alguns dos homicídios imputados ao coronel.

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Outros milicianos já prestaram depoimento. Dentre eles estão os dois policiais que estiveram na Rua Jorge Nogueira dos Santos em 8 de agosto de 2010, onde foram mortos Cristiano César Peichó, 30 e Rodrigo Martins de Oliveira, 33.

Uma pessoa relatou que testemunhou o crime e reconheceu o coronel, afirmando que o viu conversando horas depois com os policiais militares que atenderam a ocorrência.

“Em depoimento eles disseram não se lembrar de ter conversado com alguém no local. Disseram também que não conhecem o coronel e que não viram ninguém com as características dele no local do crime”, afirmou o delegado.