O 1.º Distrito Policial (Centro) ainda não tem testemunhas que contem o que viram, no dia que Emanuelli Gabardo, 21 anos, parou o centro de Curitiba armada, tentando chamar atenção do namorado.
Apesar de centenas de pessoas terem presenciado o caso, antes de a polícia isolar a área, apenas um taxista se propôs a dar seu relato oficialmente, na semana que vem.
“Já estamos há dois dias com policiais na rua, tentando colher depoimentos, mas ninguém quer falar nada. Depois, todos dizem que a Justiça tem que ser feita, mas ninguém quer ajudar a fazê-la”, reclamou Adolfo Rosevicz Filho, superintendente do 1.º DP.
Grávida de cinco meses, Emanuelli não se conformou com o fim do relacionamento. Na segunda-feira, parou seu carro em frente ao prédio do namorado, na Praça Osório, e ameaçou se matar.
Chegou a dar um disparo no chão e a área foi isolada. Ela ficou cinco horas em negociações com PMs, até furar o bloqueio. Depois, entregou-se para sua mãe e foi internada para tratamento psicológico. A Polícia Civil não sabe o paradeiro dela.
Ela vai responder por porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, dano ao patrimônio público e perturbação de sossego. Sua mãe, a soldado Silvana Gabardo, ainda pode ser penalizada porque a filha estava com sua pistola ponto 40, pertencente à PM