Queima de arquivo é a principal hipótese para o assassinato do mecânico-eletricista Joel Edgard Franco, 34 anos, morto a tiros na Rua São Judas Tadeu, Parque São Jorge, em Almirante Tamandaré.
Há cerca de um ano, Joel testemunhou um homicídio e era ameaçado, desde o ano passado. “Ele foi morto porque sabia demais. Ele viu o rosto do assassino”, afirmou a mãe de Joel, Luiza Kaufman.
Na segunda-feira, antes de sair para trabalhar em sua oficina mecânica, a vítima já pressentia que a morte. “Hoje vou te dar um monte de beijos porque amanhã não sei se estarei vivo”, disse Joel à mãe.
Ontem, por volta das 6h30, o eletricista foi encontrado morto com três tiros -na cabeça, costas e braço – ao lado de um bar. Para a mãe, ele foi atacado quando voltava para casa do serviço.
Fuga
Segundo Luiza, o filho era separado e pai de um menino de 10 anos. Desde que presenciou o homicídio e escapou da morte, o eletricista fugiu para São Paulo, onde se refugiou por quatro meses.
“Ele voltou porque não conseguia ficar longe do filho”, explicou. Mas desde então, sofria ameaças. Luiza também apontou outros suspeitos, entre eles um rapaz que foi agredido por Joel há cerca de duas semanas e que costumava andar armado no bairro.
Policiais militares do 17.º Batalhão não conseguiram apurar informações sobre a autoria do crime, já que nenhum morador quis comentar o caso. O caso será investigado pela delegacia do município.