Terror no centro de Curitiba

A tranqüilidade vivida por duas idosas, no apartamento 206, no segundo andar do Edifício Remonte, na esquina das ruas Treze de Maio e Barão do Cerro Azul, centro, foi interrompida por volta de 19h40 de ontem, quando foram atacadas por dois assaltantes. Carmem Bueno de Lima, 67 anos, que trabalhava no apartamento para Marcelina Dantas, 91, levou várias facadas e morreu na cozinha. Marcelina também foi ferida e socorrida ao Hospital Evangélico em estado grave.

Um dos assaltantes tentou fugir para o primeiro andar, mas foi surpreendido pela polícia. Ainda com a faca em punho, ele reagiu à prisão e foi ferido pelos policiais. Os PMs o socorreram, mas o bandido morreu antes de chegar ao hospital. O outro assaltante fugiu. A ex-empregada de Marcelina, Maria José Franco, 51, suspeita de ter levado os assaltantes ao apartamento foi detida no local e disse que foi ameaçada de morte.

Gritos

Segundo o morador do primeiro andar, os barulhos que vinham do andar superior eram assutasdores. ?Ouvi gritos, pedidos de socorro. Como sabia que lá moravam duas senhoras, chamei a polícia e tirei minha família do prédio?, contou o homem, assustado. Conforme relatou, quando os policiais chegaram, os bandidos fugiram, e um deles pulou a janela dos fundos do edifício para a varanda do andar de baixo.

?Os policiais iniciaram uma varredura pelo prédio e logo viram o bandido, com a faca na mão?.

Quando os policiais entraram no apartamento assaltado, encontraram Carmem caída na cozinha e todas as paredes, cortinas e escadaria de acesso com marcas de sangue. Enquanto a PM vistoriava o edifício, outros moradores ?faziam as malas? e fugiam do local.

Empregada conta sua versão

Foto: Anderson Tozato

Maria: ?fui ameaçada?.

A empregada doméstica Maria José Franco, 51 anos, moradora em Fazenda Rio Grande, foi encaminhada ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), no 1.º Distrito Policial (centro). Ela disse que havia trabalhado no apartamento por mais de dois anos, mas teve que se afastar para tratar da saúde. No entanto, ainda estava registrada como funcionária de Marcelina e, todos os meses, ia até o apartamento para pegar assinatura da patroa no documento do INSS.

Maria negou qualquer tipo de participação na ação criminosa, e afirmou que, quando chegou na portaria do prédio, foi abordada por um dos assaltantes que a ameaçou de morte caso não o deixasse entrar. ?Nunca vi aquele rapaz. Ele estava sozinho, mas na hora que entrou, vi outro homem entrar junto?, detalhou.

Mesa

Conforme relatou, depois que ele entrou no apartamento, ela se escondeu embaixo da mesa. ?Não o vi matando a Carmem, se tivesse visto, teria pedido para me matar também?, alegou, para justificar não ter sido ferida pelo assaltante. Maria também disse que era conhecida de Carmem e que a havia indicado para a substituir no tempo em que faria o tratamento de saúde.

O tenente Foltrin, do 12.º Batalhão, disse que os indícios de participação de Maria no crime ainda estão sendo investigados. Ela seria ouvida pelo delegado responsável pelo Ciac – Centro.

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