Já está concluído o inquérito policial da Operação Tentáculos, que apura diversos crimes, entre eles a execução do major Pedro Plocharski. O delegado Luís Alberto Cartaxo de Moura informou que a documentação está pronta e só faltam realizar algumas diligências, que não afetam o prosseguimento do processo. "Está pronto para que o Ministério Público ofereça a denúncia", salientou Cartaxo, informando que o inquérito tem nove volumes e foi entregue ontem na Central de Inquéritos, instalada no Fórum Criminal de Curitiba.
Cartaxo lembrou que a operação, que foi desencadeada no dia 16 de junho, resultou em 33 prisões, sendo 27 delas através de mandado de prisão. Apenas um dos acusados, o advogado Peter Amaro de Souza, continua foragido. Todos os acusados foram indiciados por formação de quadrilha, mas as investigações apuraram que o grupo teria envolvimento com tráfico de drogas, roubo de carros e homicídios, ocorridos nos últimos quatro anos.
O delegado concluiu que os acusados fazem parte de uma organização criminosa, dividida em várias facções. Cada uma delas cometia delitos específicos.
Segundo as investigações, o ex-policial militar Moacir Possamai Girardi liderava o grupo envolvido com roubos de veículos. O sargento da PM Ademir Leite Cavalcante comandava o tráfico de drogas. Sandro Delgobo, também PM, seria o líder do grupo de extermínio que agia a serviço do tráfico e estaria envolvido diretamente no assassinato do major Plocharski.