Tecnologia contra o crime a ônibus e estações-tubo

Diante do crescimento do número de assaltos contra ônibus e estações-tubo, a Prefeitura de Curitiba, através da Urbs (empresa gerenciadora do transporte coletivo na capital) deverá implementar definitivamente o sistema de bilhetagem eletrônica, que consiste no uso de cartões magnéticos ao invés de pagamento de passagens ou utilização de vales-transporte. Essa é a arma para tentar coibir a ação de marginais, que, nos primeiros 18 dias de janeiro, segundo informações da Polícia Militar, já cometeram 129 assaltos contra coletivos, uma média de sete ações por dia.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus em Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Denílson Pires, a implantação desse sistema deve baixar consideravelmente o número de delitos contra a classe. “Essa é uma solução inovadora e que deve reduzir a níveis baixíssimos os números atuais de roubos”, afirmou Denílson. Para ele, com o uso do cartão não haverá mais atrativos para os marginais invadirem estações-tubo e coletivos para cometer o crime. Dependendo da adesão da população, o presidente do Sindimoc espera uma redução entre 70% e 80% nos índices dessa natureza de delitos.

Além disso, também aumentará a sensação de segurança do trabalhador (motorista e cobrador), fator atualmente desgastante na profissão, diante de tamanha violência.

Força tarefa

Segundo dados da força tarefa de combate a assaltos contra ônibus e terminais (trabalho conjunto da PM e Sindimoc) os delitos acontecem na maioria das vezes entre a 18h e 0h30 -quando o número de passageiros é menor – e em locais próximos a favelas. O dinheiro arrecadado pelos marginais normalmente é utilizado para financiar o vício de drogas. A quantia gira em torno de R$ 30,00, valor que permanece em média dentro dos caixas dos coletivos. O restante da arrecadação é guardada em cofres para evitar maiores prejuízos às empresas.

Futuro

A expectativa do Sindimoc é de que até o mês de julho o sistema de bilhetagem eletrônica esteja sendo utilizado por toda a população, substituindo de vez o uso dos vales-transporte e reduzindo o manuseio de dinheiro em todo o transporte coletivo da cidade. Com a introdução do novo sistema, até a função do cobrador será estendida para uma espécie de agente social. “Desta forma, o cobrador terá tempo para ajudar deficientes a entrarem nos coletivos, a passar informações e interagir com os usuários”, destacou Denílson.

O cartão eletrônico é de uso pessoal, não descartável e armazena créditos de passagens a serem utilizados por usuários do transporte coletivo. Com a utilização da bilhetagem eletrônica espera-se maior segurança nos ônibus e terminais de coletivos pois será reduzida a quantia de dinheiro que circulará nesses locais.

Mais informações sobre o sistema podem ser obtidos na Urbs ou na página da internet da Prefeitura de Curitiba (www.curitiba.pr.gov.br) no ícone bilhetagem eletrônica.

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