Os policiais civis da delegacia de Pinhais ainda não têm pistas do criminoso que deu voz de assalto a um taxista na terça-feira, em Curitiba, e fugiu com o carro da vítima, abandonando-o na Rua Augusto Santos Andrade, Vila Amélia, no vizinho município. Segundo Barbosa, superintendente da delegacia de Pinhais, policiais civis e militares fizeram várias buscas pela região, mas até ontem não havia pistas do paradeiro do marginal.
O taxista foi abordado pelo assaltante na noite de terça-feira, no ponto situado na Rodoferroviária. Ele pediu uma ?corrida? para o Uberaba e durante o trajeto, o suposto passageiro ordenou que a
rota fosse alterada para o Centenário. Lá, ele sacou uma pistola e disse ao motorista que queria o carro e a carteira. Contou também que estava ferido e havia sido baleado em confronto contra a polícia.
Sem esboçar reação, o taxista entregou o que o marginal pediu.
Na manhã de quarta-feira, por volta das 11h, o táxi foi localizado, com o interior sujo de sangue. Em dois anos de trabalho como taxista, o motorista já foi assaltado cinco vezes.
Perigo
De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Táxis no Estado do Paraná (Sinditáxi), Pedro Chalus, no Paraná são 40 mil taxistas, dos quais 5.400 trabalham na Capital e outros 3.000, nas cidades da Região Metropolitana de Curitiba.
Chalus diz que o sindicato não tem estatísticas de assaltos a motoristas e que pensa em fazer uma pesquisa, pelo órgão que representa, para determinar os pontos de risco na cidade.
?Em 2005, foram cerca de 12 os taxistas mortos por assaltantes?, estima o presidente do Sinditáxi. Segundo ele, não há levantamentos de informações a respeito.
Outro problema é que muitos dos que são assaltados não registram ocorrências.
Chalus se diz ?desacreditado da Segurança Pública? (sic). ?O motorista que trabalha para mim foi assaltado no dia 21 de outubro. Os ladrões o colocaram no porta-malas e fizeram três outros assaltos com o veículo. O motorista ficou preso da 1h da madrugada até às 4h. Registrei ocorrência no 8.º Distrito Policial e informei que o meu carro tem sistema de rastreamento que indicaria o itinerário dos assaltantes.
Até hoje a polícia não me procurou. Transferiram a responsabilidade para o 10.º Distrito e nada aconteceu ainda?, conta Pedro Chalus.
