Corrida

Taxista flagrado em vídeo devolve TV e explica sua versão

O taxista suspeito de furtar a televisão de uma estudante, de 20 anos, na madrugada de sábado, apresentou-se ontem, com seu advogado, na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). A polícia não divulgou o conteúdo do interrogatório, mas o taxista conversou com o Paraná Online e deu sua versão. Ele devolveu o televisor à polícia e foi liberado.

Na noite de sexta a estudante saiu com uma amiga e, na volta, viram que o carro da amiga estava com dois pneus furados. Como a estudante estava bêbada, a amiga a colocou num táxi, que estava parado na esquina e não tem vínculo com nenhuma central de radiotáxi, e a mandou para casa, enquanto achava um guincho para remover o veículo.

Ao chegar no prédio, as imagens das câmeras mostram o taxista ajudando a jovem a descer do carro e a caminhar até o apartamento. Depois de uma hora, ele sai com um televisor. A garota acredita que foi estuprada, pois disse que acordou nua, embora costume dormir de roupa.

Também deu falta da TV e de R$ 1 mil do seguro desemprego, que sacou no dia anterior.

O delegado Marcelo Magalhães, da DFR, preferiu não divulgar o que foi dito pelo taxista, antes que a vítima dê sua versão. O depoimento da estudante estava marcado para ontem, mas ela não compareceu à delegacia.

Pagamento

O profissional, que preferiu não ter nome e idade revelados, contou que as amigas da estudante disseram que a jovem tinha R$ 40 para pagar a corrida. Segundo o taxista, a estudante dormiu a viagem toda e, em dado momento, precisou cutucá-la e falou mais alto para acordá-la. Chegando ao prédio, diz ele, a jovem não conseguia encontrar o dinheiro.

Como ela não conseguia andar direito, pediu ajuda para abrir o portão, ir até o apartamento e procurar dinheiro lá dentro. Ela não teria encontrado o dinheiro e ofereceu a TV como pagamento, sem ter noção que a televisão de 23 polegadas vale entre R$ 120 e R$ 150 e a corrida não passou de R$ 50.

O taxista afirma que ficou no máximo 20 minutos no apartamento. Disse que trabalha desde 2002 como taxista e que esta corrida prejudicou sua vida. Além de ter medo de ser despedido, o casamento ficou abalado. O taxista é casado há sete anos e tem um filho, de 3 anos. “Minha mulher nem está mais falando comigo. Estou supernervoso”, disse o motorista, que está avaliando com seu advogado que medidas vai tomar contra a estudante.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna