Foto: Walter Alves
Corpo só foi encontrado pela manhã, em São José dos Pinhais.

O taxista Douglas Rodrigues, 50 anos, foi executado com dois tiros no rosto, na noite de quinta-feira, no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais.

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Seu corpo foi encontrado no início da manhã de ontem, caído em uma estrada de chão, ao lado do canal extravasor, próximo à Rua Honorato Silveira.

A polícia suspeita que o homem, que morava no bairro Cajuru, tenha sido levado até o local para ser executado, provavelmente em virtude de desentendimento ligado às drogas.

Investigadores da delegacia de São José dos Pinhais apuraram que quatro tiros foram ouvidos nas imediações, por volta das 19h30 de anteontem. Porém, por se tratar de um local isolado, ninguém percebeu o que tinha acontecido.

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Somente às 8h20 de ontem, a Polícia Militar foi chamada e constatou o assassinato. De acordo com o perito Victório, do Instituto de Criminalística, Douglas foi executado com um tiro na boca e outro na testa, disparados à queima-roupa.

Derrota

Foto: Walter Alves

Douglas perdeu pras drogas.

Douglas era taxista, casado, e trabalhava no Jardim das Américas. Porém, nos últimos anos, era derrotado pela dependência química, que o afastou do emprego e da família.

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?Ultimamente, ele nem aparecia mais e, quando vinha trabalhar, estava mal vestido, com a barba por fazer e cabelo bagunçado?, relatou um dos colegas de Douglas. Em casa, a situação era semelhante. ?Por causa das drogas, ele brigou com a mulher, estava mais violento, e saía de casa sem dar satisfações?, disse o chefe de investigação Roberto de Miranda.

Foi o que aconteceu na quinta-feira. De acordo com a mulher de Douglas, ele saiu com algumas pessoas, que ela não conhecia, sem dizer aonde ia. O taxista estava a pé e a polícia acredita que ele pode ter sido levado até São José dos Pinhais para ser assassinado.

?Tudo indica que o motivo do crime gira em torno da droga?, afirmou Miranda. Para reforçar essa suspeita, no bolso da vítima foi encontrado um cachimbo para fumar crack e, entre os documentos de Douglas, havia o cartão de uma casa de recuperação.