Após quase uma semana desaparecido, o sofrimento da família do taxista João Batista Lobo, 43 anos, terminou, porém de forma triste. O corpo dele foi encontrado na tarde de ontem na Rua José França, uma estrada de chão na localidade de Boixininga dos França, zona rural de Almirante Tamandaré. O corpo estava no mato ao lado de uma lavoura e foi localizado por um morador. Simão Jambiski conta que seu filho Antônio foi visitar uma parente, quando ela lhe relatou um fato estranho ali próximo. Ela disse a Antônio que cortava capim para dar às vacas, quando sentiu um cheiro muito forte e a presença de muitas moscas. Ele foi ao local e encontrou o corpo do taxista.
Aparentemente, João Batista não tinha perfurações por tiro ou arma branca, e somente exames complementares do Instituto de Criminalística apontarão a causa da morte. A possibilidade de latrocínio foi, à princípio, descartada pela Polícia Civil de Almirante Tamandaré, que investigava o desaparecimento do taxista, porque o homem ainda estava com seu relógio no pulso, além de que o seu carro foi encontrado dois dias depois do seu desaparecimento, no sábado, 12 de novembro.
Roberto e João, colegas do taxista, foram até o local e o reconheceram, identificando inclusive um curativo que ele tinha na mão proveniente de um acidente recente. Comentários davam conta de que João Batista foi vítima de um seqüestro, e os moradores acreditam que o corpo tenha sido desovado no local durante à noite. "Moro há 60 anos aqui e nunca vimos qualquer violência desse tipo aqui. E se tivesse acontecido de dia, alguém teria visto. Devem tê-lo trazido para cá de madrugada", conta o morador Simão. A delegacia de Almirante Tamandaré dará continuidade ao caso, na tentativa de descobrir motivo e autores do crime.
Desaparecido desde sábado
Segundo a esposa do taxista, Joana Lobo, João Batista estava afastado pelo INSS por motivos de saúde, porém sempre fazia bicos na praça, usando o carro dela. O marido não voltou para casa no fim de semana e a esposa registrou o desaparecimento na segunda-feira, mesmo dia em que foi encontrado o veículo de João Batista, abandonado na localidade de Varandal, em Colombo.
O motorista também portava alguns documentos, não encontrados pela polícia: alvará e licença de tráfego (autorização para atuar como taxista), carteira de habilitação, carteira de reservista, cartões de crédito da Fininvest e do supermercado Extra, além de seu celular pessoal.