O bairro Tatuquara que, até a semana passada, havia registrado apenas três homicídios desde o início do ano, foi palco de três mortes e uma tentativa de homicídio neste final de semana.
Um dos crimes mais recentes foi por volta das 21h de domingo, na Avenida Pero Vaz de Caminha, Moradias Laguna. A esposa de João Carlos Justino de Oliveira, 41 anos, informou à equipe da Delegacia de Homicídios que ele passou o dia bebendo com os cunhados e, menos de uma hora antes de ser assassinado, avisou que iria até a casa do pai.
Ele foi encontrado morto com dois tiros na cabeça ao lado do próprio carro, o Gol cinza AOE-5934. Moradores da região relataram que ouviram três disparos, mas não viram o atirador. João foi preso por porte ilegal de arma de fogo em 2009 e era evadido da Colônia Penal Agrícola.
Quase duas horas depois, outro homicídio foi registrado na Rua Carlos Cesar Rigolino, Vila Santa Tereza. Vizinhos informaram que o homem de aproximadamente 30 anos, identificado apenas como Claudemir, conhecido como “Polaco”, era morador da região há mais de dez anos e trabalhava como mecânico. Ele foi visto saindo de casa com três amigos, e quando voltava foi surpreendido pelo atirador.
As testemunhas relataram que o assassino foi diretamente até a vítima e, sem dizer nada, efetuou os disparos e fugiu rapidamente. Claudemir levou quatro tiros nas costas e morreu na hora. Ele tinha várias tatuagens pelo corpo, entre elas o nome “Ketlin”. O corpo permanecia sem identificação no Instituto Médico Legal de Curitiba até o início da tarde de ontem.
Sábado
Na manhã anterior, Maicon Henrique de Carvalho, 24 anos, foi baleado na Rua Jovenilson Américo de Oliveira, nas Moradias da Ordem. Ele foi encaminhado por socorristas do Siate ao Hospital Evangélico.
Durante a noite, Braulin Yuri Menarski, 16 anos, foi morto a tiros enquanto comia um cachorro quente com amigos na Rua Ennete Dubard, Vila Santa Rita. As testemunhas correram e conseguiram fugir dos disparos.
Apesar do alto número de crimes em um curto espaço de tempo, o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios, acredita que os assassinatos e o atentado não estejam relacionados.