Suspeitos de terem matado menina podem ter deixado o país

Oito meses se passaram desde que a pequena Giovanna dos Reis Costa, 9 anos, foi brutalmente assassinada em Quatro Barras. A polícia ainda se esforça para encontrar Pero Petrovich Theodoro Vichi, 18, e a mulher dele, de 15 anos, apontados como suspeitos do crime. Entretanto, o desfecho do caso parece estar longe. Na semana passada, a polícia foi até São Paulo na tentativa de prender o casal, porém os suspeitos já haviam deixado o estado. A polícia acredita que o casal e a mãe de Pero, Vera Petrovitch, tenham fugido usando documentos falsos.

Pero e sua mulher tiveram a prisão preventiva decretada três meses depois do crime, quando a delegada do município, Margarethe Alferes Motta, juntou indícios da participação do casal na morte da criança. Desde então, eles estão foragidos.

Assim que a família começou a ser investigada, a delegada descobriu que os Petrovitch tinham aplicado golpes na cidade, o que resultou, no mês passado, na decretação da prisão de mãe e filho. Os três teriam fugido para Sorocaba (SP), onde mora Iara, outra filha de Vera, que trabalhava como cartomante.

O delegado Hamilton da Paz e sua equipe foram destacados para dar apoio à delegada Margarethe. Acompanhado de quatro investigadores, Hamilton viajou para Sorocaba no último dia 7. A equipe, munida de mandados de prisão, percorreu, com o apoio da Divisão de Investigações Gerais de Sorocaba, da Polícia Civil, todos os endereços por onde a família passou. As residências estavam desocupadas e os vizinhos não souberam informar quando os Petrovitch tinham fugido. ?Eles mudam muito de nome e isso dificulta a localização?, disse Hamilton. Para a delegada Margarethe, os acusados deixaram o país. ?Recebemos informações que eles estavam providenciando passaportes. Podem ter ido para a Europa?, disse a delegada. Nos próximos dias o promotor Octacílio Sacerdote Filho deverá oferecer denúncia contra o casal.

Violência e crueldade

Giovanna desapareceu no dia 10 de abril e foi encontrada morta no dia 12, em um terreno baldio, no Jardim Patrícia, perto da casa onde morava, em Quatro Barras. Ela estava dentro de um saco de lixo azul, nua e amarrada com fios de luz. Giovanna foi vítima de esganadura e teve algum objeto introduzido em sua vagina. Dias depois de encontrar o corpo, a própria delegada achou as roupas da criança jogadas em um terreno baldio ao lado da casa dos Petrovitch. Eles passaram a figurar como principais suspeitos do crime.

Sangue humano no carro de Pero, um envelope com o nome da menina na casa dos ciganos, em Curitiba, e a compra de farto material de limpeza foram alguns dos indícios que contribuíram para suspeita. Crimes semelhantes, também envolvendo familiares dos Petrovitch aconteceram no Rio de Janiero, o que deu ainda mais certeza à polícia de que Pero e a esposa dele seriam capazes de praticar um ritual macabro. No dia que a menina desapareceu, uma festa acontecia na cada dos ciganos segundo moradores.

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