Uma força-tarefa das polícias Militar e Civil permanece nas Vila Icaraí e União, bairro Uberaba, para prender os autores da chacina que deixou oito pessoas mortas e duas feridas na noite de sábado (3), em Curitiba. Até agora, foram identificados seis suspeitos, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Na noite de domingo (4), um homem de 22 anos foi preso por porte ilegal de arma e passou a noite na prisão. Ele é soldado da Aeronáutica e portava um revólver calibre 38 registrado em nome de outra pessoa mas, de acordo com a Sesp, ainda não há indícios que comprovem a participação dele no crime de sábado.
Os bandidos estavam encapuzados e utilizaram uma Parati, um Fiesta e um Santana para praticar a chacina. Moradores da região afirmam que bandidos ordenaram “toque de recolher”, para que ninguém permanecesse nas ruas depois das 22h. A chacina teria sido motivada por um traficante “chefe” do bairro que, revoltado com a morte do sobrinho, mandou que todos que estivessem nas ruas fossem mortos.
Entretanto, de acordo com o delegado Hamilton da Paz, da Delegacia de Homicídios, está descartada a hipótese de que o crime tenha sido motivado por um toque de recolher não obedecido. “Este crime bárbaro foi resultado de uma guerra que está acontecendo no local entre traficantes e não tem nada a ver com o toque de recolher”, afirmou.
Os corpos de Moisés Pereira Silva, 28 anos, Marcos Aurélio Mateus de Lima, 17, e Valdir Francisco Santos, 19, foram enterrados na manhã desta segunda-feira em Curitiba. Nilza Ribeiro dos Santos, 29 anos, e seu filho, Mateus Alves da Silva, 5 meses, serão sepultados no município de Tamarana, região Norte do Paraná. Os outros mortos são Everaldo dos Santos Silva, 25, Jancarlo da Silva, 20 anos, e Jéferson Carvalho da Silva, 25.
Os dois feridos, que não terão o nome divulgado por motivo de segurança, serão ouvidos assim que se recuperarem. A polícia já coletou diversas informações no local que vão auxiliar nas investigações e também recolheu projéteis e cartuchos que serão enviados para perícia no Instituto de Criminalística.