Três pessoas foram presas pela Polícia Civil terça-feira (21), em Foz do Iguaçu, acusadas de coagir a vítima de um seqüestro. “O grupo a obrigava a retirar as acusações, exigindo que o homem dissesse que tudo não tinha passado de uma brincadeira”, afirmou o delegado chefe da 6ª. Subdivisão de Polícia Civil, Alexandre Macorin.
Há dois meses, foram presos em flagrante seis suspeitos do crime. Pessoas ligadas a eles passaram a ameaçar a vítima, segundo a polícia. “O seqüestro havia sido vingança, já que o pai do seqüestrado havia denunciado a quadrilha. Quando resgatamos a vítima, ela estava amarrada e provavelmente seria executada”, afirmou o delegado. A polícia acredita que o grupo faça parte de uma quadrilha envolvida com o contrabando de cigarros na região.
A Justiça expediu, a pedido da polícia de Foz do Iguaçu, o mandado de prisão preventiva contra Fernando Gimenes Iareski, 25 anos, Joreci de Almeida, 26, e Jacinta Ferreira, 53. Os três foram detidos, mas Valtemir Barbosa Bello permanece foragido.
Os policiais apreenderam com eles coletes da Polícia Federal, rádios transmissores e pequena quantidade de maconha. Em sua defesa, todos negaram as acusações. “Eles serão indiciados pelo artigo 344 do Código Penal, coação de testemunha, além de grave ameaça e co-autoria no seqüestro”, disse o delegado Macorin.
Ainda chamou a atenção dos policiais a segurança que mantinham na residência, no bairro Porto Meira. “A casa era praticamente uma fortaleza, com muro de mais dois metros, cerca elétrica e sistema de câmeras que monitorava o movimento da rua. Mantinham ainda cinco cachorros pitt bulls e rottweillers”, detalhou o delegado-adjunto da 6.ª Subdivisão da Polícia Civil, Amarildo José Antunes.