Um suposto confronto policial resultou na morte de Fabiano Gonçalves de Freitas, 25 anos, pouco antes das 4h deste sábado (07), em Piraquara. Ele pilotava uma motocicleta e levou quatro tiros após fugir de uma abordagem. Socorrido pelo Siate, o rapaz morreu a caminho do Hospital Cajuru. A família reclama do desfecho da perseguição e diverge da versão apresentada pela polícia.
De acordo com o tenente Freitas, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, a equipe fazia patrulhamento em Pinhais quando se deparou com Fabiano, em uma motocicleta, na Avenida Iraí. Ao perceber a aproximação dos policiais, o rapaz teria fugido e passou a ser perseguido. O tenente afirma que, durante o acompanhamento, Fabiano atirou alguns objetos, que pareciam invólucros, mas que não foram apreendidos pela polícia.
Ao chegar na Rua Adolfo Weidmann, no Guarituba, em Piraquara, Fabiano teria descido da moto e fugiu correndo. “Ele saiu atirando contra a equipe e foi baleado no revide. Levou quatro tiros no peito, que transfixiaram e saíram pelas costas. Ele foi atendido pelo Siate, mas não resistiu”, disse Freitas.
Com o suspeito, a polícia apreendeu um revólver calibre 38, com numeração raspada. A arma, que tinha cinco munições deflagradas e uma intacta, foi encaminhada à delegacia de Piraquara. A motocicleta era emprestada e não tinha alerta de roubo ou furto.
Divergência
Familiares de Fabiano contestam a versão da polícia. O irmão acredita que o rapaz fugiu apenas porque estava com a carteira de habilitação vencida. “Ele já havia sido abordado anteriormente, nas mesmas condições, e teve a motocicleta apreendida”, disse.
Os parentes dizem que nunca viram Fabiano armado e alegam que os disparos atingiram as costas dele. “Foi realizado exame de parafina nas mãos para confirmar se ele realmente estava armado e efetuou disparos”, afirmou o irmão. O rapaz não tinha antecedentes criminais.