Suspeito de matar policial militar é preso em SJP

Policiais militares do serviço reservado do 17.º Batalhão prenderam, na tarde de ontem, em São José dos Pinhais, Wagner Florêncio Estevam, 22 anos. Ele é suspeito de ter matado o aluno-soldado da PM Wellington Ventura da Silva, 33, na sexta-feira passada. Segundo a PM, o motivo seria passional. Wellington tinha feito denúncias à corporação.

Wagner tinha contra si mandado de prisão por roubo, mas denúncia anônima à polícia o apontou como autor da morte do soldado. O delegado Gil Tesseroli, explicou que o rapaz ficou preso por conta do mandado, porém, a suspeita de envolvimento na morte do PM será investigada. O detido negou o assassinato.

Investigação

“Vamos ouvir testemunhas do crime, e pessoas que se relacionavam com a vítima e com o suspeito”, explicou Tesseroli. Segundo o boletim de ocorrência registrado pelos policiais militares do serviço reservado, Wagner teve um filho com uma jovem, com quem o soldado estaria se relacionando. “Todas as possibilidades serão investigadas”, garantiu Tesseroli.

Wellington havia denunciado que foi vítima de tortura durante o treinamento na Academia Policial Militar.

Ele procurou um programa de televisão em 31 de julho e afirmou ter sofrido tortura física e psicológica por parte dos coordenadores e que foi três vezes à Corregedoria da PM, mas foi ignorado. Porém, ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, ele afirmou que a denúncia foi acolhida.

Rebate

Ontem, o coronel Douglas Sabatini Dabul, diretor de ensino e pesquisa da Polícia Militar, garantiu que não há nenhum indício que Wellington tivesse sofrido tortura no treinamento ou ameaças após a declaração na televisão. “Ele não estava se adaptando às regras e à rotina da formação. Foi encaminhado para internamento com problemas psicológicos e fugiu da clínica. Ele estava afastado e respondendo a procedimento pelo número excessivo de faltas”, explicou.

Crime

Menos de dez dias depois de denunciar a tortura, Wellington foi seguido por dois homens até a casa de uma prima no bairro Contenda, área rural de São José dos Pinhais, onde foi morto com cinco tiros. Um homem de calça jeans e blusa vermelha foi visto fugindo na direção de um matagal.

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