O homem que confessou ter matado Kelvin Grieger Morais, 22 anos, no meio da Avenida Sete de Setembro, se apresentou à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã de hoje (07).
De acordo com o delegado Dirceu Schactae, responsável pela investigação, Geová Gomes dos Santos, 40, não foi detido porque passou o tempo do flagrante do crime, mas a prisão preventiva dele será solicitada nos próximos dias.
Geová declarou à polícia que ano passado Kelvin prestou serviço para ele em uma empresa de segurança. De acordo com ele, o jovem teria causado um prejuízo maior do que o valor que teria para receber pelo serviço, por isso o dinheiro não foi repassado.
“Ele disse que Kelvin o ameaçou, mas nunca fez nenhum boletim de ocorrência”, afirmou o delegado. Na terça-feira (04), Kelvin foi até o estacionamento de Geová, na Avenida Sete de Setembro, para cobrá-lo.
Os dois discutiram e, segundo o autor do crime, Kelvin teria colocado a mão no bolso, como se estivesse armado e, por isso, ele atirou. “Essa tese dificilmente vai lograr êxito, porque o Kelvin não tinha arma e, de acordo com testemunhas, Geová disparou contra ele e a vítima correu para a canaleta. Ele fez mais disparos contra Kelvin caído, o que qualificou o crime”, explicou Dirceu. Nenhum dos dois tinha antecedentes criminais.
“Esse problema dos dois veio se arrastando desde o ano passado. Ao invés de procurarem a justiça cível ou registrar boletim de ocorrência, ninguém fez nada. Sempre oriento a quem tem dívidas que jamais vá cobrar o devedor, mas que procure a justiça”, ressaltou o delegado.
Ele informou que o inquérito sobre a morte de Kelvin deve ser concluído na próxima semana, assim que todas as testemunhas forem ouvidas e ficarem prontos os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML). A partir daí, o pedido de prisão preventiva de Geová será feito ao judiciário.