O suspeito de matar a universitária londrinense Amanda Rossi, em outubro do ano passado, prestou anteontem seu terceiro depoimento à polícia e reafirmou que é inocente. Antes da oitiva, o rapaz de 18 anos, detido desde o final de dezembro, disse à imprensa que não estava no local do crime no dia em que Amanda foi morta e chegou a dizer que, quando sair da prisão, deve tomar providências contra o Estado, alegando estar preso injustamente.

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A polícia, por sua vez, não comenta o depoimento do suspeito, que teve a prisão preventiva prorrogada na semana passada por mais trinta dias. ?Não vamos comentar porque ainda aguardamos diligências solicitadas à Justiça, as quais não dependem de nós?, afirma o delegado-chefe da 10.ª SDP, Sérgio Barroso. De acordo com o delegado, as investigações estão caminhando a contento. ?Estamos ouvindo pessoas e, por hora, aguardando as diligências?, diz.

Perguntado se o caso deve ser finalizado até que expire o prazo da prisão do rapaz, Barroso afirma que ?essa é a vontade da polícia?, mas não garante a conclusão. O delegado também não quis comentar as ameaças do suspeito contra o Estado quando disse ser inocente do crime. ?O fato é que a prisão dele foi prorrogada e por isso há elementos que a justifiquem, caso contrário, a Justiça não teria concedido o pedido?, defende.

Contatado por telefone pela reportagem, o advogado Marcelo Graciano, que defende o rapaz preso, informou por meio de sua secretária que não poderia atender à ligação e que retornaria assim que pudesse falar sobre o caso. Até o fechamento desta edição, no entanto, não houve o retorno do advogado.

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