Armado com uma pistola importada de Israel, 96 gramas de crack, duas balanças de precisão e cerca de R$ 400, Renato José Moreira, 27 anos, conhecido como “Mancha”, foi preso na tarde de terça-feira.
Ele era investigado pelo assassinato de Nilzio Alves de Lima, 30, o corrido em 28 de setembro, no Jardim Holandês, em Piraquara. A vítima foi morta com vários tiros disparados pela mesma pistola apreendida com o “Mancha”.
Segundo o delegado Osmar Feijó, da delegacia da cidade, desde a morte de Nilzio, testemunhas disseram que o assassino era um rapaz identificado como “Mancha”, mas não sabiam informar com precisão quem era. Também foi informado que ele agia em parceria com Marcelo Pereira da Silva, 23, um conhecido traficante da região.
“Em 30 de setembro, Marcelo foi preso com drogas. Sabíamos que ele tinha ligação com um grupo criminoso e que seria arrebatado da delegacia. No dia seguinte, o transferimos para o Centro de Triagem II”, contou o delegado. Antes disso, ele contou aos policiais quem era “Mancha”.
Campana
Na tarde de terça-feira, uma equipe de investigadores vigiou a casa onde o suspeito morava. “Percebemos uma movimentação e esperamos que ele estivesse em casa para fazer a abordagem. Na moradia, funciona uma oficina de fachada e dentro de cada carro encontramos pedras de crack, além da pistola importada, utilizada pela polícia israelense”, contou o delegado.
Enquanto era interrogado, o rapaz confessou ter matado Nilzio e alegou legítima defesa. “Ele e mais três pessoas estavam agredindo meu irmão. Cheguei perto e dei vários tiros para cima e acho que alguns acertaram esse rapaz”, defendeu-se.
O delegado disse que a versão do rapaz não se sustenta, pois várias testemunhas confirmaram que Nilzio negociava carros com o seu algoz. “O rapaz foi morto com muitos tiros e não da forma como ele conta”, completou o delegado Feijó.