Um homem acusado de cometer estupros nos bairros Tatuquara e Cidade Industrial foi morto com um tiro, às 20h30 de segunda-feira. O corpo foi encontrado ontem de manhã, em frente a uma construtora, à margem da Rodovia do Xisto, Cidade Industrial. Há suspeita de que um policial militar tenha atirado no desconhecido, que portava um revólver de brinquedo e, minutos antes, tentara violentar uma jovem.
Uma diarista de 23 anos, moradora do Tatuquara, seria a última vítima do estuprador. Na noite de segunda-feira, o homem a abordou, mostrando o revólver de brinquedo, e a levou a um canteiro perto da Rodovia do Xisto. Quando ele ordenou que tirasse a roupa, a vítima gritou, alertando o vigilante de uma empresa próxima.
Tiros
A Polícia Militar foi chamada e rapidamente uma viatura apareceu. Um sargento e um soldado do 13.º Batalhão socorreram a jovem, que havia levado uma coronhada na cabeça, e viram o estuprador correndo para cruzar a rodovia. A Delegacia de Homicídios apurou que o sargento da PM foi visto atirando na direção do fugitivo, que desapareceu. A ocorrência foi dada como encerrada, e somente às 6h30 de ontem o suspeito foi localizado, morto.
Segundo o delegado Sérgio Taborda, do 11.º Distrito Policial, há indícios de que o homem morto seja o mesmo que cometeu outros estupros este ano. “A região em que ele ataca e o modo de agir são os mesmos”, disse o delegado, que também recebeu a informação de que um PM teria atirado em direção ao maníaco. O desconhecido é acusado de estuprar pelo menos três mulheres – o último caso ocorreu há cerca de 40 dias, quando duas delas foram atacadas juntas. Ele normalmente prometia matar as vítimas caso fosse denunciado.
Investigadores fotografaram o cadáver no Instituto Médico Legal e disseram que o rosto dele é bastante parecido com o do retrato falado do estuprador da região. As mulheres violentadas devem ser chamadas ao 11.º DP para reconhecer o suspeito – que tinha o nome “Ruth” tatuado no pênis – através da fotografia.