Juarez Ferreira Pinto, 42 anos, acusado de crimes no Morro do Boi, em Caiobá, deverá ser removido, hoje pela manhã, para o Complexo Médico Penal, em Piraquara. Ele esta recolhido na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), em cela comum, mas se queixou de dores, mal estar e vômitos.
Na próxima semana, os advogados de defesa deverão entregar à Justiça toda a documentação reunida para comprovar que ele, por sofrer de hepatite C, estar contaminado com HIV e ter outros problemas de saúde, não teria condições de subir o Morro do Boi, que tem 110 metros de altura.
Juarez foi denunciado pela juíza de Matinhos pelos crimes de latrocínio – contra o estudante Osiris del Corso, 22 – e de tentativa de homicídio e atentado violento ao pudor contra a namorada de Osiris, Monik Pergorari, 23. Os crimes ocorreram em 31 de janeiro último.
A grande semelhança de Juarez com o retrato falado do criminoso, feito por Monik, é que o levou para trás das grades. Depois a jovem o reconheceu por fotografia e fez um reconhecimento pessoal, quando ainda estava no hospital. Ela levou dois tiros – na perna e nas costas – que a deixaram paraplégica.
Juarez estava trabalhando numa distribuidora de bebidas, como repositor de gelo em carrinhos de cerveja, em Santa Terezinha (Pontal do Paraná). Ele sempre negou a autoria do crime. 14 testemunhas de defesa foram arroladas no processo, bem como outros quatro informantes que confirmam que ele estava no local de trabalho quando o crime aconteceu.
Monik, porém, garante sem sobra de dúvida que ele é o autor do delito. A defesa também requisitou que sejam feitos exames médicos -semelhantes aos realizados em atletas – para confirmar sua impossibilidade física de subir o morro. A defesa ainda aponta uma série de contradições no processo, inclusive da própria vítima, que poderiam beneficiar o acusado.