Suspeito de aterrorizar taxistas é morto

Um homem, que pode ser o terror de taxistas, identificado apenas como “Carioca”, de aproximadamente 35 anos, foi assassinado com uma facada no pescoço, às 3h de ontem, na passarela do viaduto do Colorado, Jardim Botânico.

A Delegacia de Homicídios deteve três supostos moradores de rua, bêbados, perto do corpo. De acordo com o investigador Job de Freitas, um dos suspeitos tentou roubar os tênis da vítima e outro disse que tomava vodca com “Carioca” momentos antes do crime.

Os três permanecem detidos para serem ouvidos. A faca, sem o cabo, estava ao lado do corpo, onde também havia um cachimbo para fumar crack e um aparelho de cortar cabelo.

“Carioca” era moreno, tinha aproximadamente 1,70 metro de altura, 70 quilos, cabelo curto encaracolado. Ele vestia camiseta vermelha, calça de moletom cinza, tênis brancos e tinha uma tatuagem tribal no braço esquerdo. Foram os moradores de rua que revelaram o apelido da vítima.

Vítimas

Taxistas que trabalham perto da rodoferroviária, pela descrição física de “Carioca”, supõem que ele seria responsável por vários assaltos, há cerca de dois meses.

Segundo o taxista Eduardo Gbur, nesse período, o marginal teria feito pelo menos 20 vítimas. Sempre vestido com blazer e calça social, o suspeito costumava agir na região central e apenas durante o dia, principalmente contra taxistas idosos, de estatura baixa e mulheres.

Depois que o carro descia o viaduto do Colorado, o ladrão tirava o cinto de segurança e anunciava o assalto, dizendo que só queria o dinheiro. “Ele exigia que o taxista entrasse à esquerda perto da favela, pegava o dinheiro e fugia”.

O criminoso costumava intimidar os taxistas com uma garrafa quebrada ou uma faca. Durante um dos assaltos, o ladrão comentou que era do Rio de Janeiro e havia cumprido pena em Bangu I.

“É possível que o “Carioca’ seja mesmo esse ladrão, já que tinha tatuagem parecida com de presidiário”, contou Job. Para Eduardo, os taxistas muitas vezes não têm como evitar a situação. “Desconfiamos quando a corrida é muito longe, mas não podemos recusá-la.”