Suspeito de atentado a deputado é ouvido na DH

Prestou depoimento ontem, na Delegacia de Homicídios, o pedreiro Luciano Vidal, 24 anos, acusado de estar envolvido no atentado contra o deputado estadual Homero Barbosa Neto, 36 anos, acontecido no último dia 23 de julho, no Centro Cívico. O suspeito que negou qualquer envolvimento, foi indiciado e liberado. Também ontem foi apresentado na DH Gilmar Ferreira de Aguiar, 34 anos, que confessou ter tentado extorquir o vereador Jorge Bernardi em R$ 8 mil, sob o pretexto de que teria uma fita gravada com a conversa em que foi planejada a morte do deputado. Apesar de confessar a tentativa de extorsão, ele também negou qualquer envolvimento com o atentado.

O delegado Stélio Machado disse que Gilmar e Luciano temem pela própria vida. “O Luciano teria ameaçado o deputado em seu gabinete no mesmo dia em que ocorreu o atentado. Ele foi reconhecido”, disse o policial, que prometeu pedir a prisão preventiva do acusado no decorrer das investigações. “Conversei com o deputado e repassei alguns nomes de parlamentares e até de um prefeito, que teriam encomendado sua morte. O próprio parlamentar não acredita no envolvimento dessas pessoas e sim que o atentado foi motivado por denúncias que fez na televisão sobre o tráfico de drogas”, salientou Machado.

Extorsão

O delegado disse que foi o próprio Gilmar quem telefonou para a Câmara dos Vereadores e pediu para falar com um dos políticos. A ligação foi passada para o gabinete do vereador Jorge Bernardi. O rapaz, que já foi condenado por extorsão, em Apucarana, dizia ter uma fita cassete com a gravação do plano da morte do deputado. Segundo ele, um grupo teria sido contratado por políticos paranaenses, por R$ 8 mil, para fazer o “serviço”. O quarteto teria recebido um sinal e o restante seria pago após a execução do crime. Como a ação só resultou em estilhaços na perna do parlamentar, produzido pelo pára-brisas quebrado com os dois projéteis, não receberam o combinado e a pessoa que contratou os supostos assassinos fugiu.

O atirador, que segundo a própria polícia seria profissional, efetuou dois tiros que se alojaram no banco do veículo. O deputado se abaixou no momento dos disparos e o criminoso fugiu sem feri-lo.

Mentira

Em entrevista à imprensa, Gilmar disse que inventou toda a história apenas para extorquir dinheiro e que não tem conhecimento de quem esteja envolvido no atentado. “Eu ia casar e precisava comprar alguns móveis”, alegou o rapaz.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo