A polícia confirmou ontem a prisão de um suspeito de participar do assassinato do prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Rutz, 36 anos, crime ocorrido na noite de segunda-feira, mas afirmou que por enquanto ele está detido por adulteração do documento da motocicleta usada para o delito.
A informação só foi confirmada após a “bronca” que o promotor de Justiça Ricardo Kochinski Marcondes (de Rio Branco do Sul) deu nos cinco delegados envolvidos nas investigações (Hamiltom da Paz e Rodrigo Brown, ambos da Delegacia de Homicídios; Miguel Stadler, do Centro de Operações Policiais Especiais; Artem Dach, de Colombo, e Marco de Góes, de Rio Branco do Sul), que foram chamados ao Fórum para dar explicações sobre o desencontro de informações. Ao mesmo tempo em que o governador Requião anunciava pelo twitter que um indivíduo estava preso, a polícia falava em outras três prisões e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp)não confirmava nada.
O suspeito, conforme foi apurado, teria revelado que foram pagos R$ 4 mil para a execução de Adel e que o motivo seria passional e não político, como já se supunha.
Prosseguem os comentários de que outros três indivíduos foram detidos, mas a Sesp continua sem confirmar as prisões. No início da noite de ontem, todos os delegados estavam reunidos na delegacia de Rio Branco, porém não se manifestaram a respeito das diligências, afirmando que somente a Sesp poderia revelar qualquer detalhe do caso.
Dentro as várias pessoas interrogadas ontem, estava a mulher de Adel, Josiane Portes Rutz. Após ouvida ela foi liberada, mas não está descartada a hipótese de que venha a ser chamada para novo depoimento.
Centenas de pessoas permaneceram aglomeradas em frente a delegacia, no centro do município, acompanhando a movimentação da polícia e o entra e sai de testemunhas e suspeitos. O corpo de Adel foi enterrado na manhã de ontem, no Cemitério de São Vicente, na localidade de Açungui, em Rio Branco do Sul.