O secretário estadual de Segurança Pública, Cid Vasques, visitou nesta sexta-feira (31), no Hospital Evangélico, o delegado Leonardo Carneiro e o investigador Roberto Soares, baleados em confronto contra um traficante na quarta-feira, em Campo Magro. Vasques comentou que o delegado foi baleado, porque acreditou que o bandido estivesse desarmado e hesitou em atirar.

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“Ele entrou pela frente e o investigador pelos fundos da casa do traficante. O delegado ficou na dúvida se o indivíduo estava armado. Neste momento de avaliação, acabou baleado. Em seguida o investigador também foi atingido”, descreveu o secretário.

Leonardo, que estava em estado mais grave, continua na UTI e já apresentou melhora, embora não tenha previsão para receber alta. “Esse é o lado triste do trabalho, bem diferente de uma sala com ar condicionado. Vi nesse delegado um exemplo de motivação. Mesmo na cama de hospital, estava preocupado com o resultado da ação”, disse Vasques. Roberto já saiu da UTI e segue internado no quarto do hospital.

Rodízio

Vasques também falou sobre a decisão do governador Beto Richa (PSDB), em acabar com o rodízio de policiais civis e militares que atuam no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), imposta por ele há alguns meses. A imposição foi mais um episódio da queda de braço entre Sesp e Ministério Público do Paraná (MP-PR). “Um secretário deve ser disciplinado. Eu aceito a decisão do chefe do executivo estadual. Sou um homem de convenções, apesar de ter minha opinião formada sobre o assunto, que já deixei clara várias vezes”, declarou.

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