Se nos primeiros dias de março, o governo estadual anunciava o início da solução do problema de presos em distritos policiais e nas delegacias de Curitiba, com a transferência de 320 presos para penitenciárias e para o 11.º DP(CIC), que funcionaria como centro de triagem temporário, nesta semana, não pareceu tão otimista. Depois da reportagem mostrando que os distritos da capital voltaram a ficar lotados e que as carceragens das delegacias especializadas estão do mesmo jeito que há dois meses, a Polícia Civil emitiu nota afirmando que “muito em breve haverá novidades que serão implementadas para resolução do problema”.
A solução parece estar prevista para acontecer somente no começo de 2015, quando, segundo a promessa do governo, 20 novas unidades penitenciárias devem ser construídas em todo o Estado. A Polícia Civil também admite que a necessidade de cuidar dos presos “retira o policial civil, muitas vezes, da sua atividade-fim, de investigação”.
O Comitê de Transferência, formado pelas secretarias da Segurança e da Justiça, falhou em seu propósito inicial. Em 7 de março, membros do comitê trancaram as carceragens do 1.º, 3.º, 5.º, 8.º, 9.º e do 12.º distrito, com a promessa de que não abrigariam mais presos. Porém, no caso do 1.º Distrito (Centro), por exemplo, as celas foram reabertas naquela mesma noite.