Valquir Aureliano
Robson pode estar escalado
pro jogo desta noite
na Arena entre Atlético e Vasco.

O policial militar Robson Luiz dos Anjos, que deteve arbitrariamente o repórter da Tribuna do Paraná Cahuê Miranda, no último sábado, na Arena da Baixada, continua trabalhando normalmente. Segundo o major Corrêa, da comunicação social da PM, Robson só será afastado de suas funções se for comprovado que houve desvio de conduta.

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Uma sindicância interna, que deve ser concluída nos próximos 20 dias, está julgando a atitude do policial. ?Todos têm direito a ampla defesa e nós apuramos com total imparcialidade para não cometer injustiças com qualquer um dos lados?, disse o major.

Como Robson está no pleno exercício da função, pode ser que hoje ele esteja escalado para integrar o policiamento na Arena, durante o jogo Atlético e Vasco. O 13.º Batalhão de Polícia Militar, em que o policial está lotado, é responsável pela segurança no estádio rubro-negro e geralmente todo o efetivo do batalhão é escalado para os jogos.

Outro

Outra situação, envolvendo policiais militares, que causa estranheza refere-se aos soldados Altemes Pinheiro, 37 anos, e Adriano Fronza, 34, lotados no 12.º Batalhão de Polícia Militar. Eles foram flagrados furtando toca-CDs no Largo da Ordem, em agosto, e presos no dia 7 do mesmo mês. Ambos foram afastados das funções, mas não foram expulsos da corporação e por isso continuam recebendo seus salários de forma integral. Altemes e Adriano foram presos depois da divulgação das imagens no noticiário da TV Paranaense e liberados no dia 22 setembro. Para o advogado dos policiais, Peter Amaro, os PMs não serão expulsos.

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?Há uma testemunha que diz que eles devolveram o som do carro para a vítima. Na dúvida, a PM não exclui?, garante o defensor.

Na mesma ocasião, a equipe de reportagem flagrou a universitária Tereza Gleiser, 22, e seu namorado, furtando o som de um veículo. Ao contrário dos policiais, a jovem continua presa no Centro de Triagem há 85 dias. Segundo a mãe de Tereza, a estudante foi influenciada pela companhia do namorado, que havia saído da prisão há duas semanas. Além do casal, outros dois jovens também foram detidos pelo mesmo crime.

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Eles também continuam presos. ?Concordo que minha filha deveria ter ficado na cadeia por uma ou duas semanas.

Mas 85 dias é muito. Quando soube que os policiais estavam soltos fiquei revoltada. Minha filha está sofrendo muito, já aprendeu com tudo e passou por muita humilhação.

A vida dela acabou. E com os policiais, vai acontecer o quê??, questionou a mãe da jovem, que luta para tirar a filha da cadeia.