A polícia aponta o soldado do Exército João Guilherme Correa, 18 anos, como o assassino da universitária Renata Waecheter Ferreira, 21. A jovem foi morta junto com o namorado, Bernardo Dayrell Pedroso, 24, na madrugada de 21 de abril, na BR-116, em Quatro Barras, depois de uma festa de apologia ao nazismo. A polícia também encontrou mais duas armas, que teriam sido usadas no crime.
Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) acharam, na manhã de sábado, um revolver calibre 32 e uma pistola 9 milímetros, em um córrego do Parque Barigui.
“A pistola foi usada pelo soldado, que matou a Renata. O revólver, não foi usado, mas pertencia a Gustavo”, afirmou o delegado Miguel Stadler. Gustavo Wendler, 21, foi outro dos seis detidos por envolvimento no duplo homicídio.
Segundo o delegado, depois da prisão, inclusive do líder do movimento neonazista no Brasil, Ricardo Barollo, 34, acusado de ser o mandante do crime, faltava descobrir outros detalhes. “Todos foram ouvidos, confirmaram que sabiam do plano de matar Bernardo”, relatou. Renata teria sido morta porque estava com o namorado.
Na noite de sexta-feira, foi encontrada a arma, que, de acordo com a polícia, foi usada por Jairo Maciel Fischer, 21, para matar Bernardo. Trata-se de uma pistola Hi Power calibre 9 milímetros, com o registro da Polícia Federal argentina.
País
O casal foi morto a tiros, por conta de disputa da liderança do movimento neonazista no Brasil, que tem como fundamento a segregação de negros, judeus e homossexuais.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, quando a polícia encontrou material de apologia ao nazismo. O grupo fazia planos para criar um país, o Neuland (nova terra, em alemão) e já tinha esboçado, em um caderno, suas bandeira e normas.
Também estão presos Rodrigo Mota, 19, e Rosana Almeida, 22. O delegado afirmou que as investigações continuam, pois existe a possibilidade do grupo ter feito outras vítimas, não só em Curitiba, mas também em outros estados.