?Uma família do Jardim Paloma, em Colombo, devia estar com muita raiva de Geni Mariano Bueno, 25 anos, para atentar contra a vida dela e assassinar Raquel Vilaça Pereira, 32?. Esta conclusão é da delegada Márcia Marcondes, titular da delegacia do Alto Maracanã, que investiga o brutal crime cometido na noite de segunda-feira. As duas mulheres foram baleadas e queimadas dentro do Golf de Geni.
Segundo investigações e declarações da sobrevivente à delegada, José Gilmaro Pereira, 36, a esposa dele e mais três pessoas de uma família do Jardim Paloma, estão envolvidos no assassinato. A delegada tenta identificar mais duas dessas pessoas, para pedir a prisão preventiva.
INSS
Ontem, a delegada conversou com Geni, ainda internada no hospital. Novamente, a mulher mudou o motivo do assassinato, mantendo apenas a autoria do crime. ?Mudar muito facilmente uma história, em geral, é característica de estelionatários?, comentou Márcia. Desta vez, Geni disse que ajudava pessoas a darem entrada em processos de aposentadoria e que, algumas delas estariam lhe cobrando o dinheiro do benefício.
No entanto, a delegada não acredita que pessoas que tivessem tão baixos valores a receber tenham cometido um crime tão brutal e premeditado. A delegada supõe que Geni deva ter dado algum golpe de alto valor. Mais de 10 pessoas, que leram a reportagem do Paraná-Online, telefonaram ontem à delegacia, afirmando que foram lesadas por Geni, no golpe da aposentadoria. No entanto, Márcia diz que não recebeu nenhuma queixa formal, porque encaminhou as vítimas às delegacias de suas regiões. Nenhuma moradora em Colombo.
Foz do Iguaçu
Geni contou à delegada que, na noite de segunda-feira, foi a uma residência no Jardim Paloma, para resolver um problema, mas não especificou qual. O morador teria relação com alguém que Geni teria lesado, em Foz do Iguaçu. Anteontem, a delegada ouviu de um familiar da mulher que morreu no carro, que Geni freqüentemente viajava a Foz e voltava com ?uma mala cheia de dinheiro?.
