Deve sentar hoje no banco dos réus do Tribunal do Júri de Curitiba, o professor Aristóteles Kochinski Smolarek Júnior. O júri está marcado para as 9h e a previsão é de que termine por volta das 22h30. Smolarek é acusado de assassinar sua mulher, Luciane Ribeiro de Paula, 18 anos, em agosto de 1.998, durante uma viagem turística ao Chile.

Somente nesse ano, o júri popular foi marcado e adiado duas vezes. O primeiro, que deveria acontecer no dia 31 de março foi transferido a pedido do advogado de defesa, na época, Osmann de Oliveira. Ele alegou que havia mudado a tese da defesa em virtude de uma carta apreendida pela polícia e publicada com exclusividade pela Tribuna, na qual Smolarek informou à própria mãe, Leci Smolarek, que vai confessar o assassinato de sua mulher. Ele ainda afirmou que vai justificar o ato dizendo que agiu em legítima defesa e injusta provocação da vítima. A carta está anexada no processo em que Smolarek responde por falsificar um habeas corpus para tentar escapar da Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, onde está recolhido há três anos. Foi então determinada uma nova data, 17 de maio. Cerca de dez dias antes, o advogado Osmann de Oliveira renunciou a causa. Por este motivo, o juiz Rogério Etzel, da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, nomeou o advogado Aroldo César Nater para defender Smolarek gratuitamente.

Angústia

Com o passar do tempo e a demora do júri, o sofrimento de Maria Judite Ribeiro dos Santos de Paula, mãe da vítima, aumentou. “Ainda não estou me sentindo aliviada. Chorei hoje (ontem) o dia inteiro, lembrando de tudo que aconteceu com a ela. Cada vez estou ficando mais ansiosa”, relatou Maria. Apesar do julgamento só começar às 9h, Maria Judite promete chegar com meia hora de antecedência. “É difícil. Sou testemunha de acusação. Tomara que seja tudo muito rápido. Espero que agora ele finalmente seja condenado”.

O julgamento será presidido pelo juiz Rogério Etzel. Na acusação atuarão a promotora de Justiça Lúcia Inez Giacomitti Andrich e o advogado Dálio Zippin Filho. O advogado do réu é Haroldo César Náter.

De acordo com a acusação, Smolareck será submetido a julgamento não apenas pela acusação por homicídio qualificado, mas também por aborto, ocultação de cadáver, registro de filho alheio como próprio e ainda tentativa de estelionato, por serem crimes conexos.

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