A condenação de 27 anos e três meses do professor Aristóteles Kochinski Smolarek Júnior, 27 anos, não agradou a acusação, que vai recorrer da sentença. A informação é do advogado Dálio Zippin Filho, que funcionou como assistente de acusação no julgamento, ocorrido na sexta-feira, e que durou mais de 17 horas. O professor é acusado de matar sua mulher, Luciane Ribeiro de Paula, 18 anos, com golpes de taco de beisebol na cabeça durante uma viagem para Santiago do Chile, em agosto de 1.998.
Zippin explicou que, apesar de Smolarek ter sido condenado por homicídio quadruplamente qualificado, além de outros crimes como aborto, ocultação de cadáver, registro de filho alheio como próprio e tentativa de estelionato, “o juiz não entendeu que o crime foi hediondo. O homicídio qualificado é considerado hediondo”, explicou Zippin, demonstrando indignação.
Ele disse que o juiz determinou que a pena iniciasse em regime fechado, mas de acordo com defensor, ele poderá “cumprir um sexto da pena e requerer regime semi-aberto e depois o aberto”.
O advogado de defesa, Haroldo César Náter também deve recorrer da sentença porque somente dois dos sete jurados votaram de acordo com sua tese de homicídio privilegiado. Os outros cinco jurados entenderam que a confissão de Smolarek foi apenas um artifício para tentar diminuir a pena em até dois terços, alegando a injusta provocação da vítima. Segundo a defesa, Smolarek teria perdido a cabeça quando a vítima Luciane o chamou de “corno”. (VB)
Condenação alivia família da vítima
“Estou me sentido aliviada. Parece que tiraram um peso de cima de mim.” A frase é de Judite Maria Ribeiro dos Santos de Paula, mãe de Luciane Ribeiro de Paula, após o julgamento do ex-genro Aristóteles Kochinski Smolarek Júnior, 28 anos. Para ela, a Justiça foi feita. “Eu achava que não iam fazer questão de levar o caso do assassinato da minha filha até o fim”, salientou a mulher. Maria disse que a única coisa que lhe deixa triste é a possibilidade de Smolarek ser julgado novamente. “É triste passar por isto. Duas vezes é mais triste ainda”, frisou, lembrando que o advogado de defesa tentou de todas as maneiras a induzí-la a dizer que sua filha era garota de programa e que era distante da família. “Fui firme. Se precisar serei de novo”, assegurou.