Skinheads suspeitos de matar estudante são identificados

Estão identificados três integrantes de um grupo de skinheads, suspeitos de participar da morte do estudante Lucas Augusto de Carvalho, 18 anos, na noite de 5 de setembro, no São Francisco.

Fernando Santana, 28, Gabriel de Oliveira Cata Preta, 18, e Carlos Rodrigo Túlio Saraiva, 27, foram reconhecidos por testemunhas e tiveram suas fotografias divulgadas pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

De acordo com a polícia, os autores do crime quiseram vingar um ataque realizado por um grupo de punks, há cerca de dois meses, porém se confundiram e feriram a pessoa errada.

O delegado Vinícius Martins, da DFR, explicou que existe rivalidade entre skinheads e punks. Em julho, Fernando e Gabriel foram atacados a faca por rivais, o que teria motivado a vingança.

“Na noite do crime, os skinheads estavam reunidos em frente ao Shopping Mueller. Eles viram Lucas e quatro amigos e os perseguiram até a Rua Inácio Lustosa, onde o jovem foi esfaqueado no peito. Acreditamos que o bando pensava que Lucas era um dos envolvidos no ataque anterior”, disse o delegado. Os agressores fugiram com a carteira e o celular da vítima, caracterizando assim, o crime de latrocínio.

Câmeras

Além dos três suspeitos identificados, a polícia acredita que mais nove pessoas ligadas ao grupo podem ter participado do crime. Câmeras instaladas no shopping mostram o bando reunido minutos antes do crime.

Segundo a polícia, nas imagens aparece um homem identificado como “Girino”, um primo dele e um rapaz conhecido como “Sapo”. Também aparecem seis integrantes de um grupo de skinheads de Piraquara, um deles teria o nome de Henrique.

“Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro dos três identificados ou souber quem são os outros nove suspeitos, pode denunciar anonimamente pelos telefones (41) 3218-6100 ou 181”, pediu o delegado.

Fernando trabalha em um atelier de tatuagens próximo ao shopping. Lá, segundo a polícia, foi encontrado um computador com diversas imagens relacionadas à facção neonazista, que persegue minorias e prega a ideologia de Hitler.

“Descobrimos também que Gabriel tinha relação com Maurício Caetano da Silva, preso anteriormente por ter relação com os skinheads”, explicou o delegado Vinícius Martins. A polícia vai solicitar à Justiça a prisão preventiva dos suspeitos. Dos três, Fernando é o único a possuir passagem pela polícia, por tráfico de drogas.

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