A Promotoria de Inquéritos Policiais (PIP) protocolou ontem, em Curitiba, duas denúncias criminais contra sete integrantes de um grupo de skin-heads por homicídio qualificado e crime de racismo. De acordo com o Ministério Público, Eduardo Toniolo Del Segue (vulgo ?Brasil?), Edwiges Francis Barroso (?Fran?), Bruno Paese Fadel, Raul Astutte Filho, Drahomiro Michel Romanowski Carvalho (?Gavião?), Anderson Marondes de Souza e André Lipnharski (?Pinduka?), são responsáveis pelo espancamento, seguido de tentativa de assassinato, de dois rapazes.
Os crimes teriam ocorrido em setembro deste ano, na mesma madrugada, ambos na região da Praça Osório, centro da capital. As vítimas, dois homossexuais, foram agredidas com socos e pontapés e golpeadas com um instrumento chamado ?borboleta?, semelhante a um punhal. De acordo com a denúncia, os sete envolvidos agiram por motivo torpe, já que são integrantes de um grupo de skinheads que prega o racismo e a intolerância contra negros, homossexuais e judeus.
Na segunda denúncia, pelo crime de racismo, prática de nazismo e formação de quadrilha, além dos sete já citados, a PIP denunciou também Fernanda Kely Sens, Estela Hermam Heise, José Carlos Domingues dos Santos, vulgo ?Cazé? e Lílian Regina de Brito. Segundo o MP, os 11 envolvidos ?praticaram, induziram e incitaram a discriminação e preconceito de raça e etnia, contra negros e judeus?.
Na denúncia consta ainda que o grupo produzia, comercializava e distribuía material de propaganda racista e nazista, como adesivos, distintivos e ornamentos. Os denunciados e outras pessoas que integravam o bando skinhead também seriam os responsáveis pela série de adesivos com mensagens racistas e preconceituosas que apareceram colados em diversos pontos do centro de Curitiba em setembro. José Carlos Domingues dos Santos também foi denunciado por roubo.
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