Situação piora para a “baronesa do sexo”

Yara Cláudia Camargo, ex-gerente da casa de prostituição de Mirlei de Oliveira, 47 anos, mais conhecida como “baronesa do sexo”, entrou em contato ontem com a Tribuna do Paraná, para desmentir as declarações da ex-patroa e confirmar as denúncias que pesam contra a cafetina. Mirlei foi presa no dia 25 de setembro, por policiais do 1.º Distrito (centro).

A ex-gerente garantiu que nunca foi procurada pelo delegado Silvan Rodney Pereira, titular da 1.º Distrito, para gerenciar uma casa de prostituição para concorrer com a “baronesa” e que não forneceu nenhuma agenda ao policial. “Eu só conheço o delegado como policial. Inclusive, ele nunca freqüentou a chácara de Mirlei. Outros policiais e delegados, os quais não me cabe citar nomes, iam na chácara”, disse Yara, informando que o prostíbulo funcionava próximo à delegacia do Alto Maracanã, em Colombo.

“Barão”

Yara comentou que após a prisão de Mirlei, o namorado dela, a quem ela se refere como “Barão”, continuou os negócios, mas que agora o prostíbulo, que era um dos mais requintados da região de Curitiba, está com as portas fechadas. “Com a prisão, o exército dela foi por água abaixo”, disse.

A mulher ainda confirmou que as garotas de programa de Mirlei eram obrigadas a freqüentar o salão de beleza que também é de propriedade da cafetina, e a comprar roupas caras. “Muitas meninas ficavam deslumbradas, faziam o cabelo, as unhas e se vestiam bem. Só depois descobriam que tudo era cobrado e que elas nada tinham para receber. Era uma ilusão”, salientou. Ela contou que conhece Mirlei há 12 anos e que não tem nenhuma reclamação dos clientes, e até promete jamais citar os nomes dos freqüentadores do prostíbulo de luxo. Yara prestou depoimento no 1.º Distrito Policial na tarde de quinta-feira.

Outras ex-funcionárias de Mirlei, principalmente garotas de programa que teriam sido exploradas por ela, também já prestaram depoimento, confirmando que a acusada vivia do lenocínio. Uma delas revelou, inclusive, que Mirlei estaria envolvida com roubo e desmanche de carros e com a clonagem de telefones celulares. Todas as denúncias estão sendo investigadas. A polícia também está atrás de possíveis cúmplices da “baronesa do sexo”.

Novo advogado assume o caso

O advogado Antônio Hen-rique Amaral Rabello de Mello é o novo defensor da Mirlei de Oliveira, a “baronesa do sexo”, presa por extorsão e lenocínio. O advogado informou que ainda está estudando o processo para tomar as medidas necessárias para defender a cliente. “Sempre em busca da liberdade”, ressaltou Rabello. Ele comentou que há muitos exageros nas denúncias contra Mirlei e que os fatos serão esclarecidos no momento oportuno.

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