Lucimar do Carmo
APR vai ceder a prótese.

Amputada de uma das pernas, e em conseqüência disso, dificuldades e preconceito para arranjar emprego e lutar por sua vida, Sirlei Dias da Cruz, 19 anos, agora poderá voltar a caminhar. Após matéria publicada pela Tribuna no dia 12 deste mês, mostrando as dificuldades pelas quais passava Sirlei, a Associação Paranaense de Reabilitação (APR), sensibilizou-se com o caso e resolveu ceder uma prótese à jovem. Ela esteve ontem pela manhã na sede da APR, onde tirou as medidas para a fabricação da perna mecânica.

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"A prótese era o meu maior desejo. Me falaram aqui na APR que eu já estarei andando no Natal", contou Sirlei, extasiada com a novidade, num tom muito diferente da tristeza com que conversou com a Tribuna dias antes da reportagem do dia 12. Ela diz que perdeu parte de sua perna, em março deste ano, por causa de uma infecção no osso do calcanhar. "Eu nunca pude pegar minha filha no colo e sair para passear, como fazem as outras mães. Eu também já tive uma infecção no osso da coluna quando era menor, e fiquei por um ano paralítica", conta Sirlei, que perdeu o marido e a filha de um ano e dez dias, atropelados por um caminhão desgovernado, em um acidente ocorrido em julho passado.

Sirlei foi a única que sobreviveu ao acidente. Desde então sua vida foi só tristeza, não só pela perda dos entes queridos, mas pelas dificuldades financeiras que passou. Agora ela espera que, com a prótese, que fica pronta em aproximadamente 20 dias, sua vida mude para melhor.

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