O Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) denunciou, ontem, a insegurança em que trabalha a classe.
De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, os trabalhadores têm deixado o emprego devido à falta de segurança ou estão afastados por problemas de saúde causados pelo estresse ou Síndrome do Pânico.
De acordo com o Sindimoc pelo menos cinco funcionários das empresas de transporte coletivo pedem na Justiça a rescisão indireta do contrato de trabalho por mês.
Com a medida, querem comprovar que a demissão é causada pela falta de condições de trabalho e não por vontade própria, para receber verbas rescisórias e garantir direitos trabalhistas.
Segundo o sindicalista, a situação dos motoristas e cobradores piorou bastante depois que o Grupo Tático Velado – unidade da Polícia Militar que atuava a paisana no transporte coletivo – deixou de operar em fevereiro. A PM afirma que o serviço continua com outro nome.
Prejuízo
Além de sofrer violência com os assaltos, os trabalhadores também reclamam que são obrigados muitas vezes a arcar com o prejuízo causado pelos crimes. Segundo Teixeira, os próprios profissionais são obrigados a providenciar troco para as passagens e se este dinheiro é roubado a empresa não o repõe.
João Pereira dos Santos já foi assaltado 20 vezes em dez anos de trabalho como cobrador. Ele e o motorista Ivair Martins Figueira contam que no último assalto, há três meses na linha Eugênia Maria, um dos passageiros tentou reagir e foi baleado.