Síndico assassino pode pegar até trinta anos de prisão

A delegada Selma Braga, do 2.º Distrito Policial, tomou ontem quatro depoimentos relacionados à morte do bancário aposentado Sérgio Alaor Klupel, 64 anos. Ele foi assassinado com dois tiros na cabeça pelo síndico do prédio em que morava, José Francisco da Fonseca Prestes, 58. Com as oitivas, a delegada confirmou que o síndico tinha deixado um rombo de R$ 19,8 mil na conta poupança do condomínio. Também constatou que José fraudou extratos bancários, para esconder o rombo, além de ter deixado dívidas pendentes em nome do condomínio com uma distribuidora de gás e com o INSS.

José, que deu um tiro no próprio peito após matar Sérgio, saiu ontem da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Evangélico, na capital. Se os médicos autorizarem, ele será ouvido hoje à tarde, no hospital, pela delegada. José deverá explicar para onde foram os R$ 19,8 mil e esclarecer porque algumas dívidas não foram pagas. Depois disso, Selma tentará a transferência dele ao Complexo Médico Penal, em Piraquara. ?Por enquanto, ele está sendo mantido sob escolta policial, o que é um tanto oneroso para nós?, disse a delegada. José foi autuado por homicídio triplamente qualificado, pois matou por motivo torpe, armou uma emboscada para a vítima e falsificou documentos para tentar assegurar a impunidade de outros crimes. Isso tudo pode render ao síndico entre 12 e 30 anos de prisão.

Depoimentos

Ontem, foram ouvidas a viúva e os três filhos do bancário. Também prestou depoimento um dos conselheiros do condomínio, que, ao notar que algo estava errado com as contas do prédio, pediu que Sérgio, com sua experiência de bancário, analisasse a papelada.

A delegada expôs que, para Sérgio, a cobrança para que o síndico explicasse o rombo era estritamente profissional, visto que utilizou seu conhecimento para analisar a contabilidade. Já por parte de José, verificou Selma, o crime tinha fundo estritamente pessoal contra o bancário.

Emboscada

Na manhã da última quinta-feira, José entregou um envelope ao porteiro do prédio e pediu que o entregasse a Sérgio. Antes mesmo que o bancário chegasse à portaria para pegar o suposto documento, foi abordado por José e convidado a ir ao salão de festas, para que conversassem reservadamente. Lá, a conversa terminou com os disparos na cabeça de Sérgio e José atirando contra o próprio peito. 

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