Em vista dos acontecimentos dos últimos dias, quando alguns policiais civis agindo de forma autônoma e ausente de representatividade sindical, realizaram ações policiais veiculadas na imprensa local como “operação padrão”, entende que é necessário um posicionamento sério e imediato das instituições democráticas que congregam os policiais civis de todas as carreiras.

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Embora o policial civil possa e deva agir diante de situações que evidenciam a prática criminosa, existe uma Instituição com mais de 150 anos de existência que obedece a princípios da legalidade e hierarquia, sem os quais teríamos uma milícia armada e não uma entidade que representa a Polícia Judiciária estadual.

A alegação destes investigadores, na sua maioria recém nomeados, é que estariam representando a classe policial civil para pressionar o governo do Estado a encaminhar o projeto do Estatuto da Polícia Civil. Desde o início de janeiro, pela primeira vez na história da Polícia Civil, todas as entidades de classe (SIDEPOL, ADEPOL, UNIÃO DA PC, SINCLAPOL E SINDIPOL- Londrina) que legitimamente representam os integrantes das carreiras estão se reunindo na mesma mesa com o Secretário de Segurança, Dr. Reinaldo e com o Delegado Geral, Dr. Michelotto, para inicialmente resolver a questão salarial e posteriormente dar o melhor encaminhamento possível ao Estatuto.

Estas informações vem sendo divulgadas de forma exaustiva pelas entidades, pelo governo e pela imprensa local. Existe uma entidade não reconhecida que congrega os policiais que estão realizando tais operações, se o objetivo é cumprir a lei e reprimir a prática criminosa, seria louvável, mas mesmo assim as operações policiais devem ser planejadas e executadas dentro de critérios técnicos e não de forma desordenada e sem comando. É preciso alertar que a intervenção policial repressiva traz consigo o risco de resultados inesperados, com grande potencial lesivo e de intervenção aguda na esfera individual do cidadão, não podendo ser realizada de forma desordenada e clandestina. Por isso, nos parece que tais ações vêm sendo orquestradas por policiais mais antigos que manipulam os mais novos com a intenção de prejudicar as negociações com o governo do Estado e consequentemente chegar a direção do SINCLAPOL que tem suas eleições em abril próximo.

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Por isso entendemos que se estes policiais possuem informações sobre ilícitos que não estão sendo apurados devem se dirigir as suas respectivas chefias e somar esforços para concretizar o trabalho policial de forma responsável e segura. Caso contrário estaremos presenciando atos de desespero que podem trazer consequências funestas para a Instituição.Finalmente comungamos plenamente com a posição do Departamento da Polícia Civil e com a posição do SINCLAPOL sobre tais episódios.