A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou ontem, através da assessoria de imprensa, que ainda não foi informada oficialmente sobre o pedido da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República de voltar a investigar o desaparecimento de quatro meninos do Paraná que teriam sido seqüestrados, torturados, castrados e assassinados. Seus órgãos genitais teriam sido usados pelos criminosos em rituais da magia negra por membros da seita Lineamento Universal Superior (LUS), assim como os de outros 14 meninos em Altamira (PA) e 20 no Maranhão. O delegado do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), Cláudio Teles, deve falar hoje à imprensa sobre as investigações policiais no Estado.
João Bossi, pai de Landro Bossi, um dos garotinhos que desapareceu misteriosamente em Guaratuba em 1992, manifestou ontem seu desejo de fazer contato com Valentina Andrade, 73 anos, líder da LUS, para saber do paradeiro de seu filho. Ele lembra que no dia em que Leandro desapareceu, Valentina estava hospedada em Guaratuba, juntamente com o marido, o argentino Teruggi, e outros membros da seita. Valentina deverá ser levada à júri nos próximos dias, em Belém, pelos crimes ocorridos em Altamira.
Ameaças
No fim de semana passado Valentina viajou de Belém para Londrina (PR), onde reside, e afirmou em entrevista que não tem nenhum envolvimento com desaparecimento de meninos e prometeu processar aqueles que a acusam. Valentina e Teruggi foram investigados pela polícia paranaense quando do desaparecimento de Leandro e também de outro menino, Evandro Ramos Caetano, ambos moradores em Guaratuba. Porém na época, nada foi apurado que os ligasse diretamente ao sumiço das crianças. Os casos ficaram insolúveis.
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