Elo entre explosões

Sesp quer reunião com banco após explosões em caixas

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) vai convocar representantes do Bradesco para uma reunião nesta semana, por conta dos ataques que o banco sofreu recentemente da gangue da dinamite. A secretaria informou também que as investigações da Polícia Civil estão avançadas, mesmo assim, reforçou o pedido de ajuda da população. Denúncias podem ser feitas pelo número 181.

A última ação da quadrilha foi flagrada pelas câmeras de monitoramento da prefeitura de Quatro Barras, onde a agência do Bradesco foi destruída pela explosão de caixas eletrônicos, na madrugada de sexta-feira. Pelas imagens é possível ver a chegada da quadrilha, em um Meriva preto. Este foi o quarto ataque contra agências do mesmo banco, que teve equipamentos destruídos, no Campo Comprido, dia 1.º, no Tarumã, cinco dias depois, e na Avenida Comendador Franco (das Torres), na quinta-feira.

Assim como no ataque em Quatro Barras, nos outros três crimes, o veículo usado pelos bandidos foi um Meriva preto, e a violência das explosões foi semelhante. Nos quatro casos, pedaços dos caixas eletrônicos atravessaram as paredes duplas das agências, que ficaram parcialmente destruídas.

Terror

Antes de entrar no banco em Quatro Barras, os bandidos perceberam a aproximação de um guarda municipal e um dos marginais aparece nas imagens descendo a rua com o fuzil apontado na direção dele. Depois de rendê-lo, o bandido o leva até perto do carro e o mantém sob a mira da arma, enquanto os comparsas instalam os explosivos de detonam a agência.

“Achei realmente que ia morrer. Eles diziam que se aparecesse uma viatura da Guarda ou da Polícia Militar, me matariam antes de atirar nos outros. Minha sorte é que eu estava desarmado, se tivesse com revólver na cinta acredito que teriam me matado”, relatou o guarda que foi rendido. Ele ficou alguns minutos em poder dos assaltantes. Durante esse período, três veículos passaram na rua. “A cada carro que passava, as ameaças aumentavam”.

Depois da explosão, houve correria e, em poucos instantes, os bandidos colocaram os cofres dos caixas dentro do Meriva e fugiram. A placa, segundo a PM, foi “clonada”.

Monitoramento

Outro guarda, que estava de plantão na central de monitoramento, na sede da GM, viu toda a ação, mas não pode fazer muito para ajudar o colega. “Liguei para a chefia da guarda e também para a Polícia Militar. Pensei que iam matar meu colega. Quando as viaturas chegaram em apoio, algum tempo depois, os bandidos já tinham fugido”, explicou o guarda.

Segundo ele, a central havia sido informada por telefone sobre a movimentação de pessoas suspeitas perto do pátio onde ficam estacionados os veículos da prefeitura, a poucos metros da agência do Bradesco. “Liguei para meu colega que estava no pátio e pedi que ele averiguasse. Fiquei acompanhando pelos monitores e vi quando o Meriva chegou e os três homens armados de fuzil desceram. Tentei avisá-lo, mas ele já estava sob a mira da arma”, descreveu.