Sesp divulga dados sobre homicídios na capital

Curitiba registrou 589 homicídios no ano passado, o que corresponde a uma taxa de 32,77 para cada 100 mil habitantes. Neste ano, de 1.º de janeiro a 12 de março, foram 142 assassinatos, o que equivale a uma média de 1,9 por dia. Os números foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), com base nos relatórios mensais do Grupo Auxiliar de Planejamento (GAP) da Polícia Civil e da Delegacia de Homicídios de Curitiba.

O secretário, Luiz Fernando Delazari, admitiu que houve um aumento no número de homicídios, mas que foram definidas estratégias para que os índices sejam reduzidos em breve.

De acordo com o levantamento do Geoprocessamento – Mapa do Crime, da Sesp, cerca de 80% dos homicídios na capital estão ligados diretamente ao tráfico de drogas, e outros 10% se referem a brigas familiares ou entre conhecidos. Aos 10% restantes ele não se referiu. Ainda segundo o Geoprocessamento, cinco bairros da capital – CIC, Sítio Cercado, Tatuquara, Uberaba e Cajuru – concentram 60% dos homicídios, embora abriguem somente 30% da população da cidade.

Em relação à elucidação dos crimes, neste ano apenas 40% dos assassinatos registrados pela Delegacia de Homicídios foram elucidados, com a prisão de 30 acusados.

A divulgação de dados da Sesp só ocorreu após informações extra-oficiais terem sido publicadas pela imprensa, como o Paraná-Online fez no dia 2 desse mês. Diversas fontes, inclusive nacionais, como a Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), apontam para o aumento desenfreado da criminalidade em Curitiba, que vem sendo sistematicamente negado pelo governo estadual. No fim de fevereiro, até as informações à imprensa sobre mortes violentas do Instituto Médico-Legal (IML) foram confiscadas pela Sesp.

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