Todos os meses a Delegacia de Furtos e Roubos registra uma média de três ocorrências de seqüestros, que deixaram de ser relâmpagos, ou de curta duração, passando a "seqüestros tempestade", em que as vítimas passam muitas horas sob a ameaça de bandidos. Apenas no período de dois dias (entre 17 e 19 deste mês) ocorreram dois crimes com características semelhantes. O delegado Rubens Recalcatti, titular da delegacia especializada, acredita que os crimes sejam cometidos por uma quadrilha especializada, instalada em Curitiba.
No último dia 17 de outubro, um médico foi abordado dentro do seu veículo Renault, na Avenida Marechal Deodoro, no Alto da XV. Dois indivíduos trancaram a vítima no porta-malas do carro e a libertaram 6 horas mais tarde, depois de tomar os cartões bancários e as senhas.
Casal
Dois dias depois, um casal de professores sofreu um seqüestro semelhante, permanecendo oito horas nas mãos dos marginais. Estavam no carro, na Rua Martim Afonso, Bigorrilho, quando os ladrões deram voz de assalto. Foram liberados, na manhã seguinte, na Cidade Industrial de Curitiba. Rubens Recalcatti informou que os assaltantes do casal já foram identificados, mas seus nomes não serão divulgados por enquanto. Ele acredita que os marginais façam parte de uma mesma quadrilha.
