Terminou com um final feliz o sequestro do pequeno Nicolas, que foi levado da maternidade do Hospital da Providência em Apucarana, norte do Paraná, na última quarta-feira à noite.
De acordo com o delegado que investiga o caso, Gabriel Marcelo Botelho Junqueira Filho, o bebê foi encontrado na cidade de Cambé, distante a aproximadamente 50 quilômetros de Apucarana.
O garoto foi levado para o hospital, onde pôde reencontrar sua família no início da noite de ontem. A criança foi levada por Marlene Miranda de Lima, 40 anos, que seria a falsa enfermeira que sequestrou o recém-nascido.
Ela chegou ao quarto alegando que deveria transportar o bebê para o chamado exame do pezinho. A avó entregou a criança para a mulher sem desconfiar de nada.
A família estranhou que a enfermeira não voltou depois de cerca de duas horas e procurou a equipe do hospital. A mãe e a avó do bebê precisaram de sedação ao saber da notícia. Além de Marlene, foi detida também sua filha adolescente, de 16 anos. Elas foram levadas para a delegacia de Apucarana.
Emocionado
O pai de Nicolas, Lincoln Henriques, estava emocionado com o desfecho positivo desta história. “Estamos todos aliviados que este pesadelo chegou ao fim. Minha esposa que estava toda aflita agora está muito feliz. Vou colocar uma algema nele para não poder mais me separar”, brinca.
O avô do bebê, Ney Braga Silva, que mora em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), viajou ontem para Apucarana para acompanhar a situação. Ele disse que no meio da viagem recebeu a boa notícia de que encontraram o recém-nascido.
“Não tenho palavras para descrever o que sinto”, disse, agradecendo o empenho da polícia na solução do caso. Agora, a família estuda tomar medidas judiciais contra o Hospital Providência.
Lei
Para aumentar a segurança em hospitais e maternidades, o vereador de Curitiba Tico Kuzma protocolou ontem um projeto de lei, que obriga colocação de pulseiras eletrônicas de identificação nos recém-nascidos. Lei semelhante foi aprovada quarta-feira, em São Paulo (lei 202/2010).