Completamente nua e com um galho de árvore introduzido no órgão genital, uma mulher desconhecida, de aproximadamente 50 anos, foi encontrada morta por volta das 13h40 de ontem, em um riacho, na Rua Ângelo Tosin, no bairro Campo do Santana. Uma calça preta com listras brancas, uma camiseta preta, um casaco e um par de sandálias, que provavelmente pertenciam à vítima foram localizados no matagal.
Populares contaram que ouviram gritos por volta das 2h da madrugada de ontem, mas ninguém se atreveu a verificar, já que o barulho vinha do matagal. “Acordei de madrugada. O meu cachorro também latia com freqüência, mas não tive coragem para ver o que estava acontecendo”, disse a moradora Joaquina Gomes de Souza. Ela relatou que o carreiro onde a mulher foi morta é muito perigoso e sempre ocorrem coisas “estranhas”, principalmente durante a noite. “Deus que me livre. Está trilha é um perigo”, comentou.
Joaquina disse que a trilha tem uma bifurcação: de um lado as pessoas costumam passar para pegar o ônibus, e o outro é utilizado somente por pescadores, que é onde a mulher foi encontrada morta. “Minha filha passa por aqui todos os dias às 6h. O pior é que não tem outro jeito, mas é perigoso”, contou. Joaquina disse que o corpo foi encontrado por um pescador, que passava pelo local e avisou outro morador, que por sua vez, acionou a polícia.
Maníaco
A polícia acredita que a vítima, uma mulher morena, cabelos pretos, estatura mediana e unhas pintadas de vermelho, poderia estar passando pela trilha para ir até o ponto de ônibus, quando foi abordada pelo maníaco, que arrastou para a trilha ao lado. No local havia sinais de mato amassado e as roupas espalhadas. Depois de violentar a mulher e morder seu peito, ele a jogou no riacho. “O autor deve ser um demente para fazer uma barbaridade dessa com uma senhora. Acreditamos que foi uma única pessoa. A mulher, devido à idade, parecia frágil e ele abusou sexualmente dela de todas as formas”, disse o superintendente Neimir Cristovão, da Delegacia de Homicídios. Ele suspeita que o maníaco reside na região do Campo do Santana. “Estamos investigando e aguardando que a vítima seja identificada no Instituto Médico Legal, já que nenhum morador a reconheceu.”