Despido e espancado, Adenílson Querino da Silva, 24 anos, foi encontrado morto às 8h de ontem na Rua Manoel Isidoro de Araújo, Vila Mariana, Piraquara. A vítima, que vestia apenas cueca vermelha e blusa de moleton, estava caída dentro de uma valeta, ao lado de uma faca e pedras. Poucas informações foram levantadas pela polícia no local do crime.
Embora o corpo estivesse bem em frente à casa de Rosemari Demétrio, a moradora disse não ter visto ou escutado nada de anormal durante a madrugada. “Só ouvi os latidos dos cães, mas isso é corriqueiro por aqui”, falou a mulher. Segundo ela, um sobrinho de 22 anos permaneceu acordado até as 3h de ontem e também não percebeu movimentação estranha – o que presume que o crime foi cometido depois desse horário.
Faca e pedras
Ninguém entre as dezenas de curiosos que acompanharam o trabalho da polícia deu informações sobre o crime. “É comum por aqui. As pessoas tem um certo receio e só dois ou três dias depois relatam pelo telefone o que viram”, disse o soldado Da Silva, do 17.º Batalhão da PM. Ao lado do corpo, a polícia recolheu uma faca e pedras, todas sem vestígios de sangue, e uma calça jeans, provavelmente da vítima. Numa análise preliminar, o Instituto Médico Legal determinou a causa da morte como agressão física seguida de afogamento.
O corpo foi reconhecido no final da manhã de ontem no IML. A polícia de Piraquara começa hoje a ouvir parentes da vítima em busca de pistas dos assassinos.