Doze sem terra presentes na fazenda da multinacional Syngenta quando do confronto que resultou na morte de duas pessoas, no último domingo, farão o reconhecimento dos sete seguranças presos pela polícia local, acusados de ter trocado tiros com os agricultores. O reconhecimento, marcado para a próxima segunda-feira, acontece pouco mais de uma semana depois do conflito e em seguida à entrada do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), de Curitiba, no caso. O Cope assumiu ontem as investigações.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, determinou que, além do Cope, o Instituto Médico-Legal (IML) e o Instituto de Criminalística auxiliem nas investigações, além do acompanhamento da Promotoria de Investigação Criminal (PIC) do Ministério Público do Estado (MPE) durante todo o inquérito. De acordo com Delazari, a ordem se deve ao fato de que ?estão acontecendo muitas interferências locais no caso, querendo atrapalhar as investigações?, justifica.
Ontem, os deputados federais Adão Pretto (PT-RS) e Dr. Rosinha (PT-PR) e o senador Sibá Machado (PT-AC) denunciaram ao ministro da Justiça, Tarso Genro, formação de milícias privadas no Estado do Paraná, que estariam atuando contra movimentos sem terra.