A Polícia Militar do Paraná enviou para a Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual (VAJME) o Inquérito Policial Militar (IPM) – nº 250/2015 –, que investigou os fatos ocorridos durante a Operação Centro Cívico, quando da tentativa de invasão da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, em abril de 2015, na Praça Nossa Senhora da Salete, na capital do Estado. O encarregado pelo procedimento investigativo da PM, Coronel Carlos Alberto Bührer Moreira, juntamente com uma equipe especializada, ouviu 472 pessoas entre civis e militares estaduais, que estiveram no local naquela tarde. O IPM levou pouco mais de cinco meses para ficar pronto devido à sua amplitude.

continua após a publicidade

De acordo com o Comando Geral da Corporação, frente à complexidade das circunstâncias específicas que envolveram os fatos, algumas condutas puderam ser individualizadas e, após o encerramento do trabalho, seis militares estaduais (sendo quatro oficiais e duas praças) foram indiciados. “Para a Polícia Militar o fato se reveste de grande relevância institucional, social e comunitária e, por isso, o IPM foi feito e analisado com muita cautela e responsabilidade”, afirma o Comandante-Geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Maurício Tortato.

No decorrer dos mais de cinco meses de investigação foram identificadas as pessoas supostamente feridas durante o ato, tanto civis quanto militares. “A maioria absoluta dos casos constatados, por meio dos laudos periciais, apontou lesões levíssimas e leves. Até o momento, nenhum caso detectado foi de natureza grave. Além disso, nenhum dos casos resultou em sequelas incapacitantes para as pessoas envolvidas”, explica o Comandante Geral.

Para a identificação das pessoas ofendidas, o encarregado pelo IPM levou em consideração listas com nomes oriundas do SAMU, do Corpo de Bombeiros, do Ambulatório da Assembleia Legislativa, da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, do Inquérito da Polícia Civil, dos Boletins de Ocorrência registrados na data do fato, do Serviço de Inteligência da PM, do Ministério Público e da Prefeitura Municipal de Curitiba, as quais ofereciam informações sobre os possíveis participantes do evento e, portanto, foi preciso, em muitos casos, um aprofundamento por parte da equipe do IPM, para encontra-las. Também foram apurados todos os fatos divulgados à época.

continua após a publicidade

O documento final, instaurado em 30 de abril de 2015, possui 29 volumes com mais de 5.800 páginas, o qual contém laudos e outros documentos comprobatórios em impresso, áudio e vídeo sobre os fatos. O relatório final, por sua vez,é composto por 134 páginas e dividido em uma parte expositiva e outra conclusiva.

Para a composição do documento, o encarregado pelo IPM, juntamente com sua equipe, ouviu pessoalmente as partes envolvidas nos fatos, inclusive as do interior do Estado.

continua após a publicidade