Um dos corpos encontrados carbonizados em Curitiba, na semana passada, está oficialmente identificado e o outro apenas aguarda confirmação de comparação de arcada dentária. A mulher achada ainda em chamas na Rua Bahia, no Guaíra, é Aline Fernandes da Silva, 24 anos, e o outro, queimado dentro de pneus na Rua Ângelo Gai, no Umbará, pode ser Alexsandro dos Santos, o “Alequinho”.
O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios, a partir de declarações dos familiares de Alexsandro, que garantem que o corpo é do rapaz, decidiu chamar a empresa de segurança em que ele trabalhou para prestar esclarecimentos. Horas antes do achado de cadáver, familiares já tinham registrado boletim do desaparecimento do jovem, informando ameaças que ele recebeu da empresa. No bolso da vítima, havia um papel com o nome da empresa.
Os familiares declararam que Alexsandro foi demitido e processou os ex-patrões. A partir daí, passou a ser ameaçado, foi agredido uma vez e perseguido pela blazer da empresa outras vezes. Os parentes e a amásia de Alexsandro declararam à polícia que ele não usava drogas, não tinha dívidas e desconhecem rixas com outras pessoas.
Em chamas
Aline foi encontrada na quinta-feira, ainda com pequenos focos de incêndio. Recalcatti verificou com os parentes da vítima, que ela era usuária de drogas e trabalhava como “mula” (transportadora e vendedora de entorpecentes) para o namorado. Por diversas vezes, segundo a família, o bandido bateu em Aline e ameaçou matá-la.
O delegado não descarta que a morte dela foi decorrente de alguma briga com o namorado, mas não por causa do relacionamento, e sim por algum desacerto na contabilidade das drogas, já que supostamente Aline usava a droga que deveria vender.